Chile é o primeiro país da América do Sul a aprovar vacina
16 de dezembro de 2020A agência reguladora de saúde do Chile comunicou, nesta quarta-feira (16/12), que aprovou o uso emergencial da vacina contra covid-19 desenvolvida pela farmacêutica americana Pfizer e a empresa alemã de biotecnologia Biontech, e acrescentou que o imunizante poderá ser administrado a pessoas de mais de 16 anos no país.
Com isso, o Chile se tornou o primeiro país sul-americano a aprovar em caráter emergencial uma vacina contra a doença provocada pelo novo coronavírus. Outros países que já aprovaram a vacina da Pfizer-Biontech incluem Reino Unido, Canadá e Costa Rica.
O Instituto de Saúde Pública (ISP) recebeu a solicitação no dia 27 de novembro e pediu que uma comissão de especialistas analisasse os antecedentes apresentados pela Pfizer, que conduziu o processo quase paralelamente à sua avaliação nos Estados Unidos.
"Esta resolução será probatória com certos aspectos de controle, e à medida que formos avançando e vendo que há maiores antecedentes poderemos ir ampliando-a", disse Heriberto García, diretor do ISP, durante a sessão.
"Vamos fazer os estudos e análise de risco e a farmacovigilância para justamente tranquilizar a população com respeito a qualquer situação que o justifique", acrescentou.
Para começar a ser aplicada, a vacina ainda precisa de autorização do governo chileno, mas a aprovação dos especialistas já implica que o material pode começar a ser importado e distribuído nos centros de vacinação chilenos. A expectativa é que a aplicação das doses comece em 24 de dezembro.
O Chile assinou acordo de compra de 10 milhões de doses da vacina da Pfizer-Biontech, o suficiente para inocular 5 milhões de pessoas, já que a vacina é administrada em duas doses. O país tem uma população de 17 milhões de pessoas. O país ainda tem acordos ou entendimentos com a chinesa Sinovac e com a anglo-sueca AstraZeneca.
Desde o início da pandemia, o Chile somou 575.329 casos de covid-19 e 15.949 mortes associadas à doença. A taxa de letalidade por 100 mil habitantes é de 85,16, um pouco abaixo da do Brasil, o país sul-americano que acumula mais mortes.
JPS/rtr/ots