Cerimônias na Turquia lembram mortos em Gallipoli
25 de abril de 2015Chefes de governo, autoridades e familiares de ex-soldados participaram nesta sexta-feira (24/04) de cerimônias que marcaramos 100 anos da Campanha de Gallipoli, a sangrenta batalha na península turca que resultou na morte de milhares de soldados durante a Primeira Guerra Mundial.
Entre os participantes das homenagens na Turquia estavam o primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, o neozelandês, John Key, o príncipe britânico Charles e seu filho príncipe Harry. Ao lado do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, Charles depositou flores sobre o memorial pelos soldados turcos mortos em combate. Em seguida, as autoridades seguiram para o memorial britânico, onde também prestaram homenagens aos militares.
"Nós temos um dever em comum (...), buscar maneiras de superar a intolerância e lutar contra o ódio e o preconceito, para que possamos verdadeiramente dizer que honramos o sacrifício daqueles que lutaram e morreram aqui em Gallipoli e em outros lugares", disse Charles.
As cerimônias desta sexta-feira na Turquia foram realizadas um dia antes do centenário do desembarque das forças aliadas – principalmente britânicas, francesas, australianas e neozelandesas – em Gallipoli, em 25 de abril de 1915.
O adiantamento das celebrações foi criticado pelo governo da Armênia, que acusou Erdogan de tentar desviar a atenção do massacre dos 1,5 milhão de armênios, lembrado em várias partes do mundo. Embora vários países acreditem que o episódio foi um genocídio, Ancara não reconhece a denominação.
Forças do Império Otomano, apoiadas pelos alemães, resistiram firmemente à invasão dos aliados e impediram a tentativa de tomar a estratégica península, localizada na fronteira oeste da Turquia. O objetivo dos aliados era tomar Constantinopla – atualmente Istambul –e forçar o Império Otomano a se retirar da guerra. No entanto, a operação liderada pelos britânicos fracassou. Cerca de 130 mil pessoas morreram nas batalhas, sendo 86 mil turcos.
MSB/afp/ap/rtr