Caça da Rússia bombardeia cidade no próprio país

Um caça russo supersônico Sukhoi-34 disparou acidentalmente contra a cidade russa de Belgorod, perto da fronteira com a Ucrânia, na noite de quinta-feira (20/04), causando uma explosão e ferindo três pessoas.

Imagens de vídeo divulgadas nas mídias sociais mostram montes de concreto na rua, vários carros danificados e um prédio com vidros quebrados. Uma foto mostra o que parece ser um carro virado de cabeça para baixo no teto de uma loja.

O governador da região de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, anunciou estado de emergência na madrugada, e disse nesta sexta-feira que havia uma cratera medindo 20 metros de largura em uma das ruas principais de Belgorod. Ele acrescentou que quatro carros e quatro prédios de apartamentos foram danificados.

Três pessoas ficaram feridas, disse ele. "Graças a Deus não há mortos", informou Gladkov em declaração divulgada no Telegram, acrescentando que moradores foram retirados de um prédio de apartamentos durante a madrugada.

Ainda segundo Gladkov, Uma mulher ficou ferida na cabeça e foi hospitalizada "em estado considerado de gravidade moderada". Outra mulher sofreu queimaduras, mas se recusou a receber cuidados no hospital.

Nesta sexta-feira, o governador acrescentou que uma idosa precisou também ser hospitalizada devido a uma crise de hipertensão e está sob observação médica.

"Caça descarregou munição acidentalmente"

A agência de notícias Tass citou o Ministério da Defesa russo dizendo que um caça-bombardeiro supersônico Su-34 "descarregou munição acidentalmente". O incidente teria ocorrido por volta das 22h15 (horário local), "Enquanto um avião Sukhoi Su-34 da força aérea sobrevoava o cidade de Belgorod houve uma descarga acidental de munição de aviação", diz o texto. Não foi informado que tipo de arma esteve envolvido.

O ministério anunciou que uma investigação já estava em andamento, de acordo com a Tass.

A região de Belgorod é uma das várias partes do sul da Rússia onde alvos como depósitos de combustível e munição foram abalados por explosões desde o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

md (Reuters, Lusa)