Candidato da oposição é favorito à presidência mexicana
1 de julho de 2012Os mexicanos elegem neste domingo (01/06) o sucessor do presidente Felipe Calderón para os próximos seis anos. A expectativa é de vitória da oposição, com o histórico Partido Revolucionário Institucional (PRI) apontado como favorito.
O policiamento foi reforçado nas regiões de maior violência do crime organizado. Desde que o presidente Calderón lançou sua ofensiva militar contra o crime organizado, aproximadamente 55 mil pessoas foram mortas. Durante a campanha, ocorreram diversos ataques a candidatos de pleitos locais, incluindo sequestros e assassinatos.
Quatro candidatos concorrem à presidência. Pesquisas de opinião apontam desde o início da campanha Enrique Peña Nieto, do PRI, como favorito a sucessão de Calderón . Peña, de 45 anos, é advogado e já foi governador do Estado do México entre 2005 e 2011.
Ele teria, segundo pesquisas de opinião, 10 pontos de vantagem em relação ao segundo colocado, o centro-esquerdista Andrés Manuel Lópes Obrador, de 58 anos, candidato da coalizão Movimento Progressista. A candidata da situação, Josefina Vázquez Mota, de 51 anos, ex-minstra da Educação e Desenvolvimento Social do Partido Acción Nacional (PAN), apareceu na terceira posição nas pesquisas.
O último dos aspirantes à presidência mexicana é o ambientralista Gabriel Quadri, de 57 anos, candidato do partido Nova Alianza. Os candidatos presidenciais votaram durante a manhã nos lugares onde tem domicílio registrado. Obrador chegou a denunciar, nas vésperas do pleito, que seus candidatos estariam preparando esquema de compra de votos.
Silêncio sobre narcotráfico
O favorito Enrique Peña Nieto, do PRI, partido que governou o México por 71 anos consecutivos até 2000, diz que sua principal prioridade na segurança seria reduzir a taxa de homicidios, sequestros e estorsões no país.
Enquanto Nieto enfoca sua campanha no crescimento econômico, o segundo colocado nas pesquisas, López Obrador fala em combate à pobreza. Josefina Vázquez Mota, do PAN, concentra-se mais na economia e na educação do que na política anti-drogas.
Nenhum dos aspirantes à presidência mencionou, durante os longos debates na televisão, apreensões de drogas ou o combate ao narcotráfico. "Quem quer que ganhe a eleição, não vai querer estar na mesma posição que Calderón", disse José Reveles, que escreve sobre os carteis de drogas no país.
Além do presidente, os mexicanos também vão escolher 500 deptuados federais, 128 senadores, governadores de Chiapas, Guanajuato, Jalisco, Morelos, Tabasco e Yucatan, o chefe de governo do Distrito Federal, 579 parlamentares locais e cerca de 900 prefeitos.
Os resultados das pesquisas de boca de urna devem ser divulgados no início da noite mexicana, e a apuração rápida oficial será divulgada no final de domingo de eleições no México, hora local. Antes, os eleitores deverão conhecer o resultado dos pleitos para governador, prefeito e deputados. O vencedor da eleição presidencial deve tomar posse no dia 1º de dezembro.
MP/dw/dpa/rtr
Revisão: Francis França