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Bremerhaven

Robert Habermann (sv)12 de outubro de 2007

Bremerhaven não é o porto de Bremen, como o nome poderia indicar, mas uma cidade com vida própria e uma história de peso internacional.

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Vista de BremerhavenFoto: Flickr/connywischhusen

Montes de soldados cansados passeiam pela antiga Heerstrasse, caminhando entre pântanos e córregos do Mar do Norte até Bremen ou – dependendo da sorte na guerra – de volta. Assim Geestendorf e Wulsdorf – situados onde hoje está Bremerhaven – foram saqueados e em parte incendiados na Idade Média.

Visita sueca

Os suecos foram os primeiros a detectar a localização estratégica do rio Geeste desembocando no Weser e depois do Weser no Mar do Norte. Quem quisesse dominar aquele lugar, tinha que estar munido de coragem e resistência.

Por isso, os escandinavos se transferiram para o lugar após a Guerra dos Trinta Anos, construíram muros espessos para se proteger da água e deram à edificação o nome de Carlsburg. Esses suecos, porém, não ficariam por muito tempo por ali. Sua fortaleza ruiria a seguir.

"A última cidade antes de Nova York"

No século 19, eram muitos os emigrantes que fugiam para o continente americano, para escapar da miséria econômica e de perseguições políticas. Eram verdadeiras multidões chegando aos portos de onde saíam navios para o outro lado do Atlântico.

A Cidade Hanseática Livre de Bremen havia construído em 1827, ali onde os suecos tinham estado estacionados, um porto: Bremerhaven. O êxodo em massa da população principalmente rumo aos EUA contribuiu para um crescimento rápido da cidade. Para muitos alemães, Bremerhaven foi "a última cidade antes de Nova York".

Bremerhaven - Großbild
Vista do portoFoto: Flickr/eskimoblood


Tradição pesqueira

Além do transporte de passageiros, os estaleiros e o comércio de embarcações foram se tornando, ao lado da pesca, cada vez mais significativos para a cidade. Bremerhaven se tornou então o maior porto pesqueiro do continente europeu, registrando metade da pesca de toda a Alemanha. No entanto, aos poucos os negócios do setor foram enfraquecendo.

Além disso, o tráfego aéreo foi tomando o lugar dos navios no transporte de passageiros, o que fez com que a construção de embarcações diminuísse rapidamente e trouxesse prejuízos consideráveis para a economia de Bremerhaven. O fiasco disfarçado de "mudança de estrutura" ainda não chegou ao fim, fazendo com que a cidade ainda tenha um alto número de desempregados.

Quem salva o barco?

Talvez exatamente por isso Bremerhaven tenha hoje uma beleza áspera. Com sua localização geográfica privilegiada, diretamente à beira-mar, as edificações dos anos 1950 e 1960, levantadas às pressas no pós-guerra, não podem concorrer. Diante disso, a cidade se volta para seus valores "internos". Um dos pontos altos é a pesquisa em Oceanografia, um dos cartões de visita de Bremerhaven.

Serviços, pesquisa e turismo se tornaram as ilhas para salvar o barco dos prejuízos econômicos, recuperando a "última cidade antes de Nova York". A velha canoa range e balança, mas o horizonte promete dias melhores.