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Brasil tem 561 mortes por covid-19 em 24 horas

4 de agosto de 2020

Dados do Ministério da Saúde apresentam diferenças em relação aos do Conass, que somam 556 óbitos. Os dois levantamentos, porém, confirmam que o país se aproxima da marca de 95 mil mortos pelo novo coronavírus.

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O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de mortes e casos de covid-19 oficialmente notificados
O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de mortes e casos de covid-19 oficialmente notificadosFoto: Getty Images/A. Schneider

Números do Ministério da Saúde divulgados nesta segunda-feira (03/08) apontam que o Brasil teve 561 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total de óbitos no país para 94.665. Segundo o órgão, o país teve 16.641 novos casos da doença, somando agora 2.750.318.

Dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) referentes ao mesmo período demonstram uma leve diferença em relação aos números oficiais. Segundo o Conass, foram 556 mortes entre domingo e segunda-feira. Com isso, o total de óbitos pela doença oficialmente identificados seria de 94.660.

De acordo com o levantamento das secretarias estaduais, o Brasil também registrou oficialmente 16.476 infecções pelo novo coronavírus, elevando o total para 2.750.153.

Diversas autoridades e instituições de saúde em todo o país, no entanto, alertam que os números reais da doença devem ser maiores em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação.

O Conass não informou o número de pessoas curadas no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, 1.912.319 já se recuperaram e outras 743.334 estão em acompanhamento.

O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos de covid-19 oficialmente notificados. Só está atrás dos Estados Unidos, que na quinta-feira cruzaram a marca de 4,6 milhões de casos.

A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes chegou a 45,0. Em número total de óbitos, o país ocupa a segunda posição no mundo – também atrás dos EUA, que acumulam mais de 155 mil mortes.

O Brasil já está há dois meses e meio sem um ministro da Saúde. O posto vem sendo ocupado interinamente desde 15 de maio pelo general Eduardo Pazuello, que não tinha experiência na área e indicou militares para quase todos os postos-chave do ministério. Na sua gestão, as mortes e novas notificações de casos dispararam no país. Foram registrados quase 80 mil óbitos desde que a pasta passou a ser gerida por Pazuello e dezenas de militares.

Na prática, o ministério, sob os militares, vem referendando as diretrizes do presidente Jair Bolsonaro, que é contra medidas amplas de isolamento social e que promove a cloroquina como "cura" contra a covid-19, mesmo sem embasamento científico. Sob a intervenção pessoal de Bolsonaro e do Exército, o ministério também tentou esconder os números da pandemia no início de junho, mas voltou atrás após ordem do Supremo Tribunal Federal.

Segundo a Universidade Johns Hopkins, 690 mil pessoas já morreram de covid-19 no mundo. O número de casos identificados chega a 18,1 milhões em todo o planeta.

RC/ots

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