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Brasil se aproxima de 80 mil mortes por covid-19

19 de julho de 2020

País registrou mais 716 óbitos nas últimas 24 horas, segundo Ministério da Saúde. Número de novas infecções caiu em relação à véspera. Total de casos é de quase 2,1 milhões, com quase 1,4 milhão recuperados.

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Moradores da comunidade Paraisópolis, em São Paulo, recebem orientações de segurança
Moradores da comunidade Paraisópolis, em São Paulo, recebem orientações de segurançaFoto: Imago Images/ZUMA Wire/M. Chello

Números do Ministério da Saúde divulgados neste domingo (19/07) apontam que mais 716 mortes por covid-19 foram notificadas no Brasil nas últimas 24 horas. Com isso, o total de óbitos pela doença oficialmente identificados chegou a 79.488, segundo atualização publicada às 18h30 (hora local).

O Ministério registra 1.371.229 recuperados. Já a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes chegou a 37,8. Em número total de óbitos, o país ocupa a segunda posição no mundo – apenas atrás dos EUA, que acumulam cerca de 140,4 mil.

É a segunda vez em mais de um mês que o número de óbitos por covid-19 notificados num sábado fica abaixo de mil. O Brasil registrou oficialmente mais 23.529 casos, elevando o total para 2.098.389. Trata-se de uma queda considerável em relação ao sábado, quando se registraram quase 29 mil novos casos.

O país ultrapassou a marca de 2 milhões de infecções na quinta-feira, menos de um mês depois de registrar oficialmente o primeiro milhão. Na véspera, diversas autoridades e instituições de saúde em todo o país já haviam alertado que os números reais da doença devem ser maiores em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação.

O presidente Jair Bolsonaro postou na manhã deste domingo um vídeo produzido pelo Exército Brasileiro sobre a importação de sedativos, analgésicos e neurobloqueadores do Uruguai para pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI) em hospitais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

A aquisição foi feita na última sexta-feira. No vídeo, afirma-se que "os medicamentos são indispensáveis para pacientes que estão em tratamento em UTI, a maioria em decorrência da covid-19".

Segundo escreveu o presidente Bolsonaro no Twitter: "Há mais de uma semana muitos hospitais do RS e de SC estavam sem analgésicos e sedativos, extremamente necessários quando se usam os respiradores. O general Pazuello, ministro interino da Saúde, entrou em negociação com o governo do Uruguai e resolveu rapidamente o problema."

O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos de covid-19 oficialmente notificados. Só está atrás dos Estados Unidos, que acumulam mais de 3,75 milhões de ocorrências.

Na sexta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a transmissão do coronavírus no Brasil atingiu um platô. Ou seja, o número de novos casos se estabilizou e a curva não está mais subindo como antes.

No entanto, a OMS destacou que ainda não há uma tendência de queda e que é preciso ação política coordenada para que os casos caiam. "O Brasil está ainda no meio da luta. E não há maneira de garantir que a queda vai ocorrer por si", disse o diretor de emergências sanitárias da OMS, Michael Ryan.

Segundo a Universidade Johns Hopkins, quase 604 mil já morreram de covid-19 no mundo. O número de casos identificados beira os 14,4 milhões em todo o planeta.

AV/abr,ots

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