Brasil registra 22 mil casos e 567 mortes por covid-19

O Brasil registrou 22.168 casos confirmados de covid-19 e 567 mortes em decorrência da doença nas últimas 24 horas, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) divulgados neste sábado (05/09).

Com o novo balanço, o número acumulado de infecções no país chegou a um total de 4.113.969. Já os óbitos somam 126.069. O Conass não divulga número de recuperados.

Os números divulgados neste sábado não incluem os dados de Goiás, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Segundo Conass, houve problemas técnicos nos acessos aos sistemas de informação destes estados.

Diversas autoridades e instituições de saúde alertam que os números reais de casos e mortes devem ser ainda maiores, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação. As cifras reportadas no fim de semana também costumam ser mais baixas, já que equipes responsáveis pela notificação funcionam em escala reduzida.

O ritmo de transmissão da covid-19, por sua vez, está em desaceleração. Segundo dados desta semana do Imperial College de Londres, a taxa de contágio no país é de 0,94, a mais baixa desde o final de abril. O índice, que mostra para quantas pessoas um paciente contaminado transmite o vírus, era 1 na semana passada, e 0,98 na semana anterior.

Mas entidades de saúde alertam que ainda é cedo para declarar vitória e que medidas de contenção contra o coronavírus não podem ser relaxadas no país.

São Paulo é o estado brasileiro mais atingido pela epidemia, com 853.085 casos e 31.313 mortes. O total de infectados no território paulista supera os registrados em praticamente todos os países do mundo, exceto Estados Unidos (6,2 milhões), Índia (4 milhões) e Rússia (1 milhão). Ou seja, se São Paulo fosse um país, seria o quinto mais afetado do planeta.

A Bahia é o segundo estado brasileiro com maior número de casos, somando 270.177, seguida do Rio de Janeiro, com 232.747 infecções, e Minas Gerais, com 231.878.

Já em número de mortos, o Rio é o segundo estado com mais vítimas, somando 16.626 óbitos. Em seguida vêm Ceará (8.565), Pernambuco (7.670), Pará (6.240), Minas Gerais (5.708) e Bahia (5.627).

A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes é atualmente de 60,0 no Brasil – cifra bem acima da registrada em países vizinhos como a Argentina (21,63) e o Uruguai (1,30). O número brasileiro também supera o dos Estados Unidos, o país mais atingido do mundo, que tem taxa de mortalidade de 57,39.

Por outro lado, nações europeias duramente atingidas, como o Reino Unido (62,61) e a Bélgica (86,68), ainda aparecem à frente, embora suas taxas estejam praticamente estabilizadas, enquanto a brasileira segue crescendo.

Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais infecções e mortes por coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam 6,23 milhões de casos. Ao todo, mais de 188 mil pessoas morreram pela covid-19 no país.

A Índia, que chegou a impor uma das maiores quarentenas do mundo no início da pandemia e depois flexibilizou as restrições, agora é a terceira nação com mais infectados e mortos, somando 4,02 milhões de casos e 69,5 mil óbitos.

Ao todo, o mundo já registrou mais de 26,7 milhões de pessoas infectadas pelo coronavírus, enquanto mais de 876 mil morreram em decorrência da doença.

CN/ots