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Biden chega a Manaus com anúncio de recursos para a Amazônia

17 de novembro de 2024

No âmbito da visita de Biden à região, a primeira de um presidente dos EUA em exercício, foram prometidos mais US$ 50 milhões ao Fundo Amazônia e medidas para preservação da floresta.

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Biden acena da escada de sua aeronave
Biden em Manaus: viagem busca ressaltar compromisso com preservação da Floresta AmazônicaFoto: Saul Loeb/AFP/Getty Images

O presidente dos EUA, Joe Biden, chegou neste domingo (17/11) a Manaus na primeira visita à Amazônia de um presidente americano em exercício, antes de seguir para o Rio de Janeiro, onde participa até a próxima terça-feira da cúpula do G20.

A viagem histórica tem o objetivo de tentar ressaltar o compromisso do chefe de governo americano com a preservação da região. "A luta contra a mudança climática tem sido uma causa determinante da liderança e da presidência do presidente Biden", disse a Casa Branca em um comunicado divulgado pouco antes de Biden chegar ao Brasil.

O texto informa que os EUA vão doar mais 50 milhões de dólares (R$ 289,5 milhões) ao Fundo Amazônia. A verba – que precisa do aval do Congresso americano – se soma a outros 50 milhões de dólares prometidos em fevereiro de 2023, durante visita aos EUA do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na época, o governo brasileiro considerou o anúncio da Casa Branca decepcionante. Semanas depois, em abril de 2023, Biden afirmou que a intenção do país era contribuir com 500 milhões de dólares para o Fundo Amazônia, ao longo de cinco anos.

Contribuições para o financiamento climático

A Casa Branca informou no comunicado deste domingo que "o presidente Biden anunciará que os Estados Unidos cumpriram sua promessa histórica de aumentar o financiamento climático internacional dos EUA para mais de 11 bilhões de dólares por ano até 2024".

O texto diz que o valor é seis vezes maior do que os EUA estavam fornecendo no início do mandato de Biden, em 2021.

A União Europeia, no entanto, continua sendo o maior contribuinte global para o financiamento climático.

Cerca de metade de todo o financiamento climático passa por fundos multilaterais que são cogeridos pelos países em desenvolvimento. Isso gerou críticas à preferência dos EUA por financiamento bilateral.

De acordo com um estudo realizado pelo think tank britânico ODI, os Estados Unidos ficaram em penúltimo lugar entre 23 nações em relação ao progresso no fornecimento de uma "parcela justa” de financiamento climático, com base em sua pegada de carbono, tamanho da população e renda nacional bruta.

Medidas pela preservação da floresta

Entre as medidas anunciadas neste domingo pela Casa Branca, estão também o lançamento de uma coalizão para restauração florestal e bioeconomia incluindo o banco BTG Pactual e 12 parceiros, e a contribuição de 37,5 milhões de dólares do DFC, o banco de desenvolvimento dos EUA, para um projeto de reflorestamento desenvolvido pela Mombak Gestora de Recursos.

O comunicado cita ainda outras iniciativas, como o aproveitamento da demanda por créditos de carbono, envolvendo o governo do Pará; novo acordo de cooperação entre o BNDES e o DFC e parcerias com o governo brasileiro, universidades e ONGs para combate à exploração ilegal de madeira.

Última visita à América do Sul

Biden está fazendo sua última passagem pela América do Sul antes de passar o cargo para Donald Trump – um cético em relação às mudanças climáticas.

O líder americano tem agendados um passeio aéreo sobre parte da Amazônia, encontros com líderes locais e indígenas e uma visita ao Museu da Amazônia (Musa), localizado na Reserva Florestal Adolpho Ducke.

md (AP, AFP, EFE, ots)