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BCE promete sustentar liquidez de bancos gregos

22 de abril de 2015

Instituições financeiras da Grécia serão mantidas enquanto continuarem solventes, diz membro do conselho de direção do Banco Central Europeu. Eurogrupo admite que Atenas não apresentará planos de reforma na sexta-feira.

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Foto: Reuters/Y. Herman

O Banco Central Europeu continuará proporcionando liquidez aos bancos da Grécia, enquanto eles continuarem solventes e tiverem garantias suficientes, afirmou nesta quarta-feira (22/04) Benoit Coeure, membro do conselho de direção da autoridade monetária europeia, ao jornal grego Kathimerini.

Ele disse que impor controles de capital não é uma "hipótese de trabalho" para o BCE, enquanto a especulação sobre se a Grécia abandonará o euro está, segundo ele, "fora de discussão".

Ainda não há um acordo à vista com relação à disputa sobre a dívida grega, na avaliação de altos representantes do Eurogrupo.

Segundo Thomas Wieser, presidente do grupo de trabalho do Eurogrupo, que prepara as decisões dos encontros ministeriais, as propostas de reforma que o governo grego deveria apresentar até o fim de abril em troca do pagamento de novas ajudas financeiras não serão apresentadas antes de maio.

"O relógio está andando, mas não haverá uma nova lista em Riga, senão no decorrer de maio, no mais tardar", frisou Wieser, se referindo à reunião de ministros das Finanças do Eurogrupo, a ser realizada nesta sexta-feira na capital da Letônia.

Sem um acordo com os credores, a Grécia corre o risco de insolvência. Até agora, Atenas não fez qualquer proposta que tenha aprovação da Comissão Europeia, FMI e BCE. Na avaliação de Wieser, Atenas ainda consegue ficar algumas semanas sem assistência adicional. "A situação de liquidez na Grécia está agora um pouco apertada. Mas é provável que ainda se sustente até junho", disse.

Segundo altos funcionários da zona do euro, os ministros das Finanças da região cogitam, futuramente, até mesmo abrir mão de prazos para apresentação de planos de reforma por Atenas. Segundo essas fontes, tais prazos seriam nocivos, por levarem a estratégias de negociação arriscadas.

MD/afp/rtr