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Bastão ultra-sônico para cegos apresentado na CeBIT

14 de março de 2005
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Cientistas ingleses apresentam na CeBIT 2005, em Hannover, um bastão para cegos que usa o ultra-som para localizar obstáculos e comunicá-los ao usuário através de vibrações. Eles basearam-se em pesquisas feitas com morcegos para desenvolver o UltraCane, que tem a forma de um telescópio.

Segundo o biólogo Dean Waters, especializado na navegação ultra-som dos morcegos, o desenvolvimento do bastão demorou cerca de seis anos e custou aproximadamente 1,43 milhão de euros. "O mais difícil foi apurar a sensibilidade apropriada e calcular os ângulos corretos para os sensores de ultra-som", explicou.

O bastão de tecnologia de ponta é parecido com o bastão convencional, com a diferença de que na parte em que é segurado na mão reage à presença de obstáculos, emitindo pulsos de cerca de 110 decibéis, numa frequência normalmente perceptível apenas a delfins e morcegos. Entre os pulsos, os alto-falantes atuam como microfones. Cada um deles é ligado a um botão na área em que se segura o bastão, que vibra quando recebe um impulso de ultra-som refletido. Se o sinal for curto e, portanto, o obstáculo estiver próximo, a vibração é mais forte. O alcance é de quatro metros além da extremidade do bastão, mas pode ser reduzido para dois metros, por exemplo, para caminhar numa multidão.

Invenções anteriores semelhantes usavam fones de ouvido para comunicar a presença de obstáculos, o que poderia impedir os cegos de ouvirem outros ruídos importantes. A potencial clientela do UltraCane são cerca de dois milhões de cegos dos países ricos, com poder aquisitivo para pagar 570 euros pelo bastão ultra-sônico.