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Avanços tecnológicos transformam videogames em "peças de museu"

16 de outubro de 2012

Desenvolvimento dos jogos estaria baseado hoje no "Social Gaming" e no "Cloud Gaming". Especialistas prevêem queda da venda isolada de jogos, mas aumento do lucro significativo para jogos online.

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Foto: dapd

O Futurando mostrou na sua edição do último sábado (13/10) a importante tarefa dos centros de recuperação de mídias, onde técnicos trabalham para salvar informações armazenadas e preservar a memória eletrônica. Bancos de dados se tornam rapidamente lixo eletrônico e impedem que informações sejam acessadas. Os profissionais buscam formas de evitar esta perda.

Consoles de jogos de videogame, como o Atari ou o Comodore, também foram vítimas desta velocidade evolutiva e hoje são consideradas da "idade da pedra". A exigência do mercado de games e seu potencial de lucro estimulam avanços tecnológicos muito rápidos no setor e, em consequência, vários sistemas se tornam rapidamente ultrapassados.

Conforme um estudo da empresa inglesa PricewaterhouseCoopers (PwC), uma das maiores redes de consultoria do mundo, somente no ano passado, usuários alemães gastaram quase 2 bilhões de euros na aquisição de novos games. O relatório aponta que, até 2016, este consumo pode atingir 2,9 bilhões de euros, um crescimento anual de 7,7%. Segundo o levantamento, "em 2016, o volume de jogos do segmento online deve dobrar e crescer quase um bilhão de euros".

Tendências

No contexto do estudo da PwC, líderes do mercado, prestadores de serviço na Alemanha e especialistas do meio universitário tentam apontar as tendências do mercado. "Com a integração de novos aparelhos de jogos como tablets e Smart-TVs e uma contínua convergência das plataformas de jogos, especialistas da indústria apontam "Social Gaming" e "Cloud Gaming" como os principais fatores de desenvolvimento para os videogames na atualidade", destaca a PwC.

Um dos pontos centrais da pesquisa da PwC destaca que o propulsor deste crescimento na indústria é, essencialmente, a penetração de smartphones e tablets, assim como a grande preferência por aplicativos de jogos nos App Stores dos fornecedores de sistemas operacionais. O relatório prevê queda da venda única de jogos nos próximos anos, mas um lucro significativo para jogos online. Haveria, segundo o estudo, um aumento da relevância dos chamados Premium Accounts e da comercialização de espaços publicitários.

Das neue iPhone 5
iPhone é usado na guerra das gigantes dos gamesFoto: picture-alliance/dpa

Uma tendência curiosa no mercado seria um aumento significativo do número de mulheres usuárias de videogames. O público feminino já é bastante presente nos chamados Jogos Eletrônicos Casuais. A equipe responsável pela pesquisa também identifica uma exigência cada vez maior por qualidade e uma competição mais acirrada no mercado.

A guerra dos consoles

A tendência de extrema competitividade apontada pela pesquisa da PwC é bastante flagrante na disputa pela oferta do melhor console. A gigante japonesa Nintendo anunciou que o seu videogame Wii U irá para o mercado mundial com a pretensão de derrubar consoles rivais e se tornar competitivo na tendência de uso de smartphones e tablets como aparelhos de jogos móveis.

O Wii U é o sucessor do bem-sucedido Wii, lançado em 2006, que chegou a vender 95 milhões de unidades graças ao seu modelo inovativo de controles e a sua oferta de jogos casuais, que o fizeram superar em vendas o Playstation 3, da Sony, e Xbox 360, da Microsoft. Porém os avanços da Microsoft e da Sony acabaram com as vantagens do Wii.

As duas empresas apostaram no crescimento do "Social Gaming" no Facebook e nos aparelhos móveis, como o iPhone e o iPad, da Apple. Também aproveitaram o poder dos smartphones do sistema operacional Android da Google. As manobras causaram impacto contundente à indústria dos games. De acordo com pesquisa do grupo norte-americano NPD, houve retração de 20% na venda de hardwares para videogames nos Estados Unidos nos últimos dois meses. Em novembro, a Nintendo deve contra-atacar. 

Autor: Marcio Pessôa
Revisão: Roselaine Wandscheer