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Ativistas do clima jogam sopa na "Mona Lisa" no Louvre

28 de janeiro de 2024

Duas mulheres atacaram a obra-prima de Leonardo da Vinci, em Paris. Quadro está protegido por uma parede de vidro. Ação coincide com protestos dos agricultores franceses.

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Mulheres jogam líquido laranja no vidro protegendo a Mona Lima
Quadro é protegido por um vidro instalado em 2005Foto: David Cantiniaux/AFPTV/AFP/Getty Images

Duas ativistas do clima jogaram neste domingo (28/01) sopa contra a Mona Lisa, a obra-prima de Leonardo da Vinci exposta no Museu do Louvre, em Paris. A tela original está protegida por uma parede de vidro instalada em 2005.

As duas mulheres, que foram filmadas durante sua ação que durou quase dois minutos, dizem integrar o grupo "Riposte Alimentaire". Elas jogaram um líquido de cor laranja contra o vidro que protege o quadro após passerem rapidamente por baixo das barreiras de madeira que cercam a pintura.

"O que é mais importante, a arte ou o direito a alimentos saudáveis e sustentáveis? Nosso sistema agrícola está doente. Nossos agricultores estão morrendo no trabalho", gritou uma das ativistas em francês, levantando o punho no ar.

Rapidamente, os funcionários do Louvre, o museu mais visitado do mundo, colocaram painéis pretos para impedir que o público filmasse a cena.

A sala que abriga a obra-prima de Da Vinci (Salle des Etats) foi esvaziada para limpeza. A polícia de Paris disse que as duas ativistas foram presas.

Considerada a tela mais famosa do mundo, a Mona Lisa foi recentemente objeto de outro ataque simbólico quando uma tarte de creme foi jogada nela em maio de 2022.

A ação deste domingo coincide com a revolta dos agricultores franceses, que há dias bloqueiam centenas de quilômetros de estradas para exigir melhores salários, menos regulamentações ambientais e mais protecionismo.

Ataques em museus

O protesto em Paris segue uma série de outras ações recentes promovidas por ativistas do clima em museus europeus, visando chamar atenção para a causa do clima. Os grupos por trás dos atos garantem que o objetivo não é danificar as obras, que eles sabem que estão protegidas.

Em novembro de 2022, ativistas do clima jogaram um líquido preto sobre um quadro do pintor austríaco Gustav Klimt num museu na Áustria.

Naquele mesmo mês, jovens se colaram a quadros de Francisco de Goya no Museu do Prado, em Madri (Espanha) e ativistas que derramaram sopa de tomate numa pintura de Vincent van Gogh na National Gallery, em Londres (Inglaterra) foram processados. Também naquele mesmo mês, ambientalistas jogaram purê de batatas sobre um obra de Claude Monet numa galeria em Potsdam (Alemanha).

md (EFE, AFP, AP)