Atentado em hospital mata mais de 60 no Paquistão
8 de agosto de 2016Ao menos 63 pessoas morreram e 58 ficaram feridas nesta segunda-feira (08/08) num ataque suicida com bombas num hospital público de Quetta, no oeste do Paquistão, segundo a polícia local.
A explosão aconteceu na entrada do setor de emergência do Hospital Civil de Quetta, para onde havia sido levado o corpo do presidente da associação de advogados da província do Baluchistão, Bilal Anwar Kasi, morto a tiros pouco antes, num atentado, quando se dirigia de casa para o escritório.
Além da explosão, ocorreu um tiroteio no local, onde cerca de cem advogados estavam reunidos após o atentado a Kasi, segundo a polícia.
O chefe do governo do Baluchistão, Sanaullah Zehri, declarou ao canal de televisão Geo que se trata de um ataque suicida "planejado", com o objetivo de atingir os advogados que estariam no hospital.
No Afeganistão, é comum as pessoas se reunirem no hospital para prestar homenagens a figuras públicas recém-mortas. Kasi era um advogado muito conhecido na província e lutava pela melhora das condições de trabalho dos colegas.
Segundo o jornal The Express Tribune, entre as vítimas estão vários advogados e também jornalistas que cobriam o assassinato de Kasi.
O primeiro-ministro paquistanês, Nawaz Sharif, condenou as mortes, afirmando que "não permitirá que ninguém perturbe a paz".
Nos últimos meses, vários advogados foram atacados na província do Baluchistão, região onde grupos armados separatistas realizam ataques a forças de segurança e outras instituições do Estado, além de grupos talibãs e outros extremistas.
Há menos de uma semana, o advogado Jahanzeb Alvi foi assassinado por homens não identificados. Em junho, o diretor da Universidade de Direito, Amanullah Achakzai, também foi baleado.
MD/efe/lusa/ap/rtr