ETA
1 de dezembro de 2007Um policial da Guarda Civil espanhola foi morto a tiros no sul da França, enquanto observava supostos membros do grupo separatista basco ETA. Outro policial ficou gravemente ferido, ao ser também atingido pelos disparos.
Junto com colegas franceses, os dois policiais participavam de uma ronda de rotina no balneário Capbreton, nas proximidades de Bayone, cidade localizada na região basca francesa.
Segundo informações extra-oficiais da polícia, os supostos mentores do crime – dois homens e uma mulher – teriam, após os disparos, tomado uma mulher como refém e fugido de carro. A mulher teria sido libertada uma hora e meia mais tarde.
Zapatero condena violência
O primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, condenou o crime, reafirmando que, com o uso da violência, o ETA não irá atingir seus objetivos. Esta foi a primeira vez que um policial espanhol foi morto na França em missão contra as ramificações da organização no país.
A ministra francesa do Interior, Michele Alliot-Marie, e seu colega de pasta espanhol, Alfredo Perez Rubalcaba, que participavam de um encontro nos arredores de Berlim, seguiram imediatamente para a região.
Alliot-Marie afirmou que os policiais vítimas do ataque estavam atrás de supostos membros do ETA na França, onde estes procuravam abrigo para planejar novos atentados.
Primeira morte após trégua
O assassinato foi o primeiro caso com vítimas fatais desde que o ETA declarou, em junho último, o fim da trégua na luta armada, após o fracasso das negociações com o governo espanhol.
O conflito pela autonomia da região basca, que teve início no fim da década de 1960, já deixou um saldo de aproximadamente 800 mortos. (sv)