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CriminalidadeNova Zelândia

Ataque deixa mortos em Auckland no 1º dia da Copa feminina

20 de julho de 2023

Homem abre fogo e mata duas pessoas na cidade de abertura do Mundial de futebol. Nova Zelândia diz que foi caso isolado, e torneio segue normalmente. Primeira partida tem minuto de silêncio.

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Policiais montam guarda perto do local de um tiroteio em Auckland, Nova Zelândia, em 20 de julho de 2023.
Ocorrência se deu num canteiro de obras no centro de AucklandFoto: Nathan Frandino/REUTERS

Um homem abriu fogo e matou duas pessoas no centro de Auckland, na Nova Zelândia, nesta quinta-feira (20/07), poucas horas antes da primeira partida da Copa do Mundo de Futebol Feminino, que ocorreu na mesma cidade. O atirador também morreu.

O governo da Nova Zelândia disse que não há mais ameaças à segurança do país e que o torneio deverá seguir conforme o planejado.

"Quero reiterar que não há uma ameaça maior à segurança nacional", garantiu o primeiro-ministro da Nova Zelândia, Chris Hipkins. "Esta parece ser ação de um [só] indivíduo."

O incidente se deu num canteiro de obras no centro de Auckland, perto dos hotéis onde estão hospedadas as equipes dos Estados Unidos, Filipinas e Noruega. Segundo a polícia neozelandesa, um policial também foi baleado e outros quatro civis ficaram feridos.

A capitã da seleção da Noruega, Maren Mjelde, disse que a equipe, hospedada a poucas centenas de metros do local do crime, foi acordada pelo som de um helicóptero e "um grande número de veículos de emergência".

"No começo, não sabíamos o que estava acontecendo, mas em breve começaram a aparecer atualizações na TV e na mídia local", disse num comunicado horas antes do início do jogo de estreia, entre Noruega e Nova Zelândia. "Todos parecem calmos e estamos nos preparando normalmente para o jogo."

O que se sabe até agora

Segundo o premiê neozelandês, o homem que invadiu o prédio em construção na Queen Street estava armado com uma espingarda. A polícia teria chegado ao local poucos minutos após receber várias ligações de emergência com relatos de uma pessoa disparando uma arma de fogo de dentro do terceiro andar do edifício.

De acordo com o comissário de polícia Andrew Coster, citado pela agência de notícias AP, o atirador era um jovem de 24 anos que já havia trabalhado no canteiro de obras, e há indícios de que suas motivações tenham relação com seu trabalho.

Ele tinha histórico de violência familiar e, atualmente, estava cumprindo uma sentença de prisão domiciliar, com permissão para trabalhar, disse Coster.

Os disparos começaram por volta das 7h20 (hora local). Segundo Coster, depois que a polícia invadiu o local, o atirador fugiu pelo prédio inacabado atirando nas pessoas, até se barricar em um poço de elevador no terceiro andar, onde houve enfrentamento com as forças policiais.

Houve troca de tiros, e o agressor foi posteriormente encontrado morto. Ainda não está claro, porém, se a polícia atirou no homem ou se ele se matou.

Jogadoras da Nova Zelândia fazem um minuto de silêncio pelas vítimas de um ataque a tiros em Auckland antes da partida de futebol da Copa do Mundo Feminina entre Nova Zelândia e Noruega em Auckland, Nova Zelândia, em 20 de julho de 2023.
Jogadores da Nova Zelândia fazem um minuto de silêncio pelas vítimas do ataqueFoto: Andrew Cornaga/AP Photo/picture alliance

Minuto de silêncio em jogo de abertura

A partida entre Noruega e a Nova Zelândia, que abriu a Copa do Mundo de Futebol Feminino da Fifa, começou no Eden Park com um minuto de silêncio para lamentar as vítimas do ataque. Em sinal de respeito, as 22 jogadoras entraram em campo usando faixas pretas nos braços.

Em comunicado, a Fifa disse estar "em contato constante com as equipes participantes afetadas por este incidente". "As equipes participantes próximas ao incidente estão recebendo apoio em relação a qualquer impacto que possa ter ocorrido", disse o órgão regulador do futebol.

Lynn Williams, atacante da seleção americana (atual detentora do título), disse que as jogadoras estavam "agradecidas por estarem seguras". "Infelizmente, sinto que nos Estados Unidos já lidamos com isso muitas vezes", lamentou.

ip (AP, ots)