_Assim nasce um Fórmula 1
DW-WORLD visitou as instalações de 30 mil metros quadrados da Toyota em Colônia, o berço alemão do Fórmula 1 japonês.
Moldagem da Carenagem
A carenagem de um Fórmula 1 é feita com várias camadas de fibra de carbono e kevlar. Justapostas, elas são levadas para o autoclave (foto), uma espécie de forno, no qual sob alta pressão e calor de 200ºC aproximadamente, tornam-se uma peça única, mais resistente que o aço, porém bem mais leve. O monocoque final é feito de 17 moldes diferentes.
Componentes
As peças do futuro F1 são manufaturadas uma a uma. Os tubos de escapamento, por exemplo, são de níquel cromado e suportam calor de até 800 graus. Mas sua vida útil é de apenas uma corrida.
Suspense
Até mesmo muitos funcionários da escuderia jamais viram a cara do novo carro antes de sua apresentação oficial à imprensa. Seu design e detalhes técnicos são mantidos em segredo até seus criadores o julgarem maduro para enfrentar a concorrência ... e a imprensa.
Aerodinâmica
Inaugurado em 2002, o túnel de vento permite à Toyota realizar os testes de aerodinâmica em suas próprias instalações, garantindo sigilo e rapidez em seus testes. Os protótipos para testes de aerodinâmica têm 50% do tamanho de um verdadeiro F1.
Teste de Suspensão
Será que todos os parafusos estão bem apertados? Nesta sala, os F1 japoneses Made in Germany enfrentam os testes de resistência, sobretudo da suspensão. Sem sair do lugar, o carro é sacudido na vertical por períodos de tempo variados e com intensidades diversas, procurando reproduzir as irregularidades das pistas.
Túnel de Vento
O túnel de vento é o maior equipamento do centro de produção do Fórmula 1 da Toyota. Seu ventilador gera ventos de até 300 km/h para testar a aerodinâmica dos protótipos.
Fabricação do Motor
O motor é o coração de um carro. Feito de liga leve de alumínio, titânio e aço de alta resistência, o novo motor RVX-04 tem dez cilindros (V10), potência de 900 cavalos e giro de até 19 mil rpm. A oficina da Toyota monta, desmonta e remonta mais de 300 motores por ano. Cada um possui 4500 componentes, dos quais cerca de 60% são trocados por novos após cada corrida ou teste. A equipe orgulha-se de que seus motores só deixaram os pilotos na mão duas vezes em toda a temporada 2003. Na foto, um funcionário programa no computador a confecção, sob medida, do cabeçote do motor.
Montagem
Hora de começar a juntar os vários componentes em um único veículo. O chão brilhante pouco lembra o de uma fábrica ou oficina mecânica.
Nascimento Oficial
Durante mais de meia hora, o recém-nascido é o centro do universo do automobilismo mundial. Centenas de fotógrafos de todo o mundo podem registrá-lo sozinho ou ao lado de seus criadores e pilotos. Na foto, o piloto francês Olivier Panis e os brasileiros Ricardo Zonta (de testes) e Cristiano da Matta.
Concepção e Desenvolvimento
Após concebidos pelos desenhistas-chefes, a gestação dos carros da série TF1 começa nos computadores desta sala. O ambiente é multicultural, com profissionais de diferentes países. Ao todo, a Toyota Motorsport GmbH tem 600 funcionários de 32 nacionalidades. Para que todos se entendam, o idioma oficial no local de trabalho não é o japonês, nem o alemão, mas o inglês.
Sala de Teste do Motor
Antes de equipar um dos novos carros TF104, o motor enfrenta testes de aceleração, desaceleração e resistência em situação simulada. Para este ano, as máquinas mereceram planejamento ainda mais especial, pois terão de aguentar todo um fim de semana de treinos e grande prêmio. Até 2003, as equipes ainda podiam usar um por dia.
Acabamento
Mais um pouco e os carros estarão prontos para os próximos testes ou treinos em algum autódromo do mundo. Todo cuidado é pouco na finalização dos trabalhos.
Pintura
Outra fase caprichada. As peças de fibra de carbono são pintadas ainda antes de serem montadas no chassi. O grande segredo deste momento é usar a camada mais fina possível de tinta, a fim de não acrescentar peso ao carro. Para muitos fãs, somente através da pintura se pode identificar a equipe do carro.
Controle do Teste do Motor
Pela janela entre a sala de testes e a de controle, pouco se percebe. Mas através dos monitores e caixas de som pode-se acompanhar o ronco do motor e o desempenho da máquina. Para os testes, a Toyota simula voltas no circuito francês de Paul Ricard.
Controle de Qualidade
Até o mais simples defeito no motor ou em qualquer outra parte do carro pode custar preciosos centésimos de décimos de segundo no treino de classificação ou no grande prêmio, assim como pontos no campeonato. O controle de qualidade durante e após a fabricação é, portanto, indispensável. A Toyota utiliza instrumentos com tolerância menor que um mícron. Na foto, um funcionário examina, sob luz negra, a futura caixa de marchas.