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As principais notícias sobre a pandemia de covid-19 (23/06)

23 de junho de 2020

China autoriza testes em humanos para vacina. Reino Unido se prepara para reabrir bares, restaurantes e museus. Surto em frigorífico provoca novo lockdown na Alemanha

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Mão com luva segura tubo de ensaio com a inscrição covid-19
A China aprovou o início de testes em humanos de vacina desenvolvida pela Chongqing Zhifei Biological ProductsFoto: picture-alliance/ANE

Resumo desta terça-feira (22/06):

  • Mundo tem 9,1 milhões de casos de covid-19, mais de 472,7 mil mortes e mais de 4,5 milhões de recuperados
  • Brasil tem 1.145.906 casos, 52.645 mortes e 571.649 recuperados
  • Reino Unido se prepara para novas flexibilizações
  • Número de reprodução R volta a subir na Alemanha
  • Surto em frigorífico provoca novo lockdown na Alemanha

Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília:

 

18:30 - Brasil registra mais 1.374 mortes por covid-19. Total chega a 52.645

Números do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) apontam que mais 1.374 mortes por covid-19 foram notificadas no Brasil nas últimas 24 horas. Com isso, o total de óbitos pela doença oficialmente identificados chegou a 52.645, segundo a última atualização do Painel Conass, às 18h.

O número elevado só fica atrás do recorde de mortes do dia 4 de junho, quando 1.473 óbitos foram notificados em 24 horas, segundo dados do Ministério da Saúde

O número também representa praticamente o dobro de mortes registradas na última segunda-feira, mas normalmente os dados de terça-feira costumam ser mais altos por que incluem óbitos que não foram oficialmente notificados no fim de semana anterior.  

Diversas autoridades e instituições de saúde em todo o país, no entanto, alertam que os números reais da doença devem ser maiores em razão da falta de testes em larga escala e da subnotificação.

Segundo os dados do Conass, a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes chegou a 25,1. Em número total de óbitos, o país ocupa a segunda posição no mundo. Já no cálculo levando em conta a população, o Brasil aparece em 13° - bem à frente de países vizinhos como a Argentina (2,34) e o Uruguai (0,72) e praticamente empatado com outras nações da América do Sul, como o Peru (25,71).

Nações europeias duramente atingidas pela doença como o Reino Unido (64,27) e a Bélgica (84,89) ainda aparecem bem à frente, mas esses países começaram a registrar seus primeiros casos entre três e quatros semanas antes do Brasil e o número de óbitos vem caindo.  

Ainda segundo o Conass, o Brasil ainda registrou mais 39.436casos, elevando total para 1.145.906.

O Conass não informou o número de recuperados. Segundo o Ministério da Saúde, esse número chegou a 571.649 na segunda-feira.

18:00 - Vacina de Oxford contra covid-19 começa a ser testada no Brasil

Os testes em voluntários brasileiros da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, tiveram início no último fim de semana, informou em nota, na noite de segunda-feira (22/06), a Fundação Lemann, que financia o projeto.

Os testes da vacina ChAdOx1 nCoV-19 no Brasil foram anunciados no início do mês e deverão contar, de acordo com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que participa do projeto, com 2 mil voluntários em São Paulo. Outros mil serão testados no Rio de Janeiro, pela Rede D'Or.

"No último final de semana (20 e 21 de junho), a Fundação Lemann teve a oportunidade de celebrar, com os parceiros envolvidos e especialistas responsáveis, o início dos testes em São Paulo para a vacina ChAdOx1 nCoV-19, liderada globalmente pela Universidade de Oxford", informou a entidade, do bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann.

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17:00 - Imunidade contra covid-19 ainda intriga cientistas

Primeiro um arranhão na garganta, depois tosse e um pouco de febre. Com ou sem sintomas, todos gostariam de saber se já foram infectados pelo coronavírus Sars-Cov-2.

Sabe-se que a infecção não vem necessariamente acompanhada de sintomas específicos da covid-19, mas o vírus seria, mesmo em assintomáticos, detectável no sangue. Pelo menos é o que a ciência acredita. Isso também significaria que pessoas que já foram infectadas não podem contrair o vírus novamente e não infectam mais outras pessoas, estando, portanto, imunes.

O corpo humano é um sistema inteligente: anticorpos formam nosso sistema imunológico para combater patógenos. Eles podem ser detectados no sangue após se ter passado por uma enfermidade. Dependendo do caso, o paciente pode vir a desenvolver imunidade àquele patógeno e não mais contraí-lo.

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11:30 - Número de reprodução R volta a subir na Alemanha

O número de reprodução R, que indica a média de pessoas que uma pessoa infectada contagia, permaneceu por um longo tempo estável na Alemanha, abaixo de 1. Entretanto, desde 21 de junho, o fator tem estado entre 2 e 3, segundo o Instituto Robert Koch (RKI), responsável pelo controle e prevenção de doenças no país. Isso significa que uma pessoa infectada contamina, em média, de duas a três outras pessoas.

Segundo dados mais recentes, o número R na Alemanha é atualmente de 2,76, enquanto o chamado R de sete dias é de 1,83 – este reflete o desenvolvimento epidemiológico entre oito e 16 dias atrás e está menos sujeito a flutuações diárias.

Até a manhã desta terça-feira, RKI registrou na Alemanha um total de 190.862 infecções confirmadas e 8.895 mortos em decorrência da covid-19.

10:22 - Surto em frigorífico provoca novo lockdown na Alemanha

O governo do estado alemão de Renânia do Norte-Vestfália ordenou nesta terça-feira (23/06) a suspensão parcial da vida pública por um período de uma semana no distrito de Gütersloh, no oeste do país, após 1.553 funcionários de um frigorífico sediado na região terem testado positivo para a covid-19.

Segundo as autoridades locais, a população do distrito – que abriga o município homônimo de Gütersloh e tem cerca de 370 mil habitantes – voltará a sofrer, a princípio até a próxima terça-feira, os mesmos tipos de restrições que vigoraram em todo o país durante os primeiros estágios da pandemia, em março e abril.

Nesta terça-feira, o Instituto Robert Koch (RKI) para o controle e prevenção de doenças infecciosas apelou para que os alemães permaneçam cuidadosos em relação à covid-19. "Temos de continuar tendo cuidado", disse Lothar Wieler, chefe do RKI, em Berlim. "Se dermos uma chance para que o vírus se dissemine, ele se disseminará, como podemos ver nos eventos atuais de surto", acrescentou.

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04:30 - Reino Unido deve anunciar mais flexibilizações 

O primeiro ministro britânico, Boris Johnson, deve anunciar nesta terça-feira planos para reabrir bares, restaurantes e museus, suspendendo parte das medidas de distanciamento social destinadas a combater pandemia de coronavírus.

As novas medidas, que devem entrar em vigor em 4 de julho, devem ser anunciadas em meio a crescente pressão sobre o governo para que seja relaxada a exigência de que as pessoas em ambiente fechado mantenham distância de 2 metros entre si.

O setor de gastronomia argumenta que um metro de distância é suficiente para impedir a propagação do vírus. Muitos bares britânicos operam em pequenos espaços e já estão tendo dificuldade para se manter.

O Reino Unido tem o maior número de mortos pelo coronavírus na Europa, com mais de 42.700 óbitos. O país também tem a terceira maior cifra de mortos no mundo, depois dos Estados Unidos e do Brasil, que têm população muito maior.

01:20 - China autoriza novo teste para vacina em humanos

A China aprovou nesta terça-feira o início de testes em humanos de uma possível vacina desenvolvida pela Chongqing Zhifei Biological Products, confirmou a empresa. A substância recebeu um certificado das autoridades sanitárias chinesas para iniciar testes clínicos.

A potencial vacina foi codesenvolvida pela Anhui Zhifei Longcom Biopharmaceutical e pelo Instituto de Microbiologia da Academia Chinesa de Ciências.

Na China, seis vacinas estão sendo submetidas a testes em humanos. Outros ensaios clínicos estão sendo realizados atualmente ao redor do mundo.

A farmacêutica francesa Sanofi SA também anunciou nesta terça-feira que espera obter aprovação para a distribuição de uma potencial vacina até o primeiro semestre do próximo ano, mais rápido do que o inicialmente previsto.

Resumo desta segunda-feira (22/06):

  • Mundo bate novo recorde de casos em 24 horas, com Brasil à frente
  • Falta de liderança no combate à pandemia é ameaça maior que o próprio vírus, alerta OMS
  • Pequim tem menor número de infecções desde eclosão de novo surto
  • Reino Unido tem menor cifra de mortes em 24 horas desde meio de março

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