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As principais notícias sobre a pandemia de covid-19 (04/05)

5 de maio de 2020

Trump diz que vacina pode estar disponível neste ano. Japão estende estado de emergência até 31 de maio. Nova Zelândia zera registro de novos casos. Mundo tem 3,57 milhões de infectados.

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Trump em entrevista para a Fox News no monumento Lincoln Memorial, em Washington
Trump em entrevista para a Fox News no monumento Lincoln Memorial, em WashingtonFoto: Reuters/J. Roberts

Resumo desta segunda-feira (04/05):

  • Mundo tem 3,57 milhões de casos confirmados e 251 mil mortes; 1,16 milhão se recuperaram
  • Brasil tem 105.222 casos e 7.288 mortes, segundo Ministério da Saúde
  • Liderados pela UE, países doam bilhões para financiar vacina contra coronavírus
  • Trump afirma que vacina pode estar disponível até final do ano
  • Japão estende estado de emergência até 31 de maio
  • Nova Zelândia zera registro de novos casos

Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília:

19:30 - OMS desmente EUA e diz que novo coronavírus tem origem animal

A Organização Mundial de Saúde (OMS) rechaçou nesta segunda-feira boatos de que o novo coronavírus foi criado em um laboratório de Wuhan, na China, como defende a cúpula do governo dos Estados Unidos, e confirmou a origem animal do causador da covid-19.

"Circula de forma ancestral entre os morcegos. É algo que sabemos nos baseando na sequência genética desse vírus. O que precisamos entender é que animal atuou como intermediário, ou seja, que foi infectado por morcegos e transmitiu ao homem", afirmou a chefe do Departamento de Doenças Emergentes da OMS, Maria van Kerkhove.

O presidente dos EUA, Donald Trump, já afirmou publicamente que o Sars-Cov-2, nome científico do novo coronavírus, foi criado artificialmente em Wuhan. Ontem, em entrevista, o secretário de Estado do país, Mike Pompeo, repetiu a mesma versão.

"De todas as evidências que vimos em todas as sequências genéticas que estão disponíveis, e acredito que há mais de 15 mil, este vírus tem uma origem natural", confirmou Van Kerkhove, que concedeu hoje entrevista coletiva virtual.

O diretor-executivo da OMS para Emergências Sanitárias, Mike Ryan, ainda informou que os Estados Unidos não compartilharam qualquer informação sobre a suposta criação artificial do coronavírus, embora Pompeo tenha afirmado que existem "inúmeras provas" disso.

"Da nossa perspectiva, isso é só especulação. Como qualquer organização que se baseia em evidências, gostaríamos muito de receber qualquer informação relativa à origem do vírus", explicou o representante da OMS.

18:30 - EUA têm 1.152.372 casos e 67.456 mortes por coronavírus

O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos informou nesta segunda-feira que há 1.152.372 casos do coronavírus no país e que o número de mortes aumentou para 67.456.

No fim de semana, o CDC atualizou sua contagem de casos para 1.122.486 e disse que 65.735 pessoas morreram em todo o país, mas que os números eram preliminares e não haviam sido confirmados pelos estados.

17:00 - Brasil tem 7.288 mortes e 105.222 casos confirmados

O Ministério da Saúde registrou mais 263 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. O total chega 7.288. Ainda segundo a pasta, há 105.222 casos confirmados no país, um aumento de 4.075 em relação ao último boletim.

16:00 - Alemanha teria 1,8 milhão de infectados pelo coronavírus, diz estudo 

Pesquisadores da Universidade de Bonn apontam ser provável que dez vezes mais alemães tenham contraído o novo coronavírus do que o número de casos oficialmente confirmados no país. Segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira (04/05) que analisou dados de uma cidade do oeste alemão, uma em cada cinco pessoas infectadas não apresenta sintomas.

As conclusões levaram em conta dados que os pesquisadores reuniram em Gangelt, cidade de cerca de 11 mil habitantes, localizada no distrito de Heinsberg, que se tornou um dos principais epicentros do vírus no país, após um casal contaminado ter participado do Carnaval local.

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13:32 - Governo de SP decreta uso obrigatório de máscaras a partir de 7 de maio

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta segunda-feira que será obrigatório o uso de máscaras em todo o estado de São Paulo a partir do dia 7 de maio. De acordo com o governador, a medida é válida para as pessoas que estejam "caminhando ou andando ou se dirigindo a qualquer local no estado de São Paulo". 

Ainda de acordo com Doria, a regulamentação da fiscalização da regra será feita pelas prefeituras. Ele não detalhou se os infratores receberão multas.
O uso de máscaras no transporte público já é obrigatório desde esta segunda-feira.

O número de mortes por covid-19 no estado de São Paulo chegou a 2.627 neste domingo, segundo dados do governo. Também há 31.772 casos confirmados da doença. 

Segundo declarou Doria nesta segunda-feira, se o estado não tivesse imposto medidas isolamento social no mês de março, São Paulo teria 26 mil mortos pelo coronavírus.

13:00 – Liderados pela UE, países doam bilhões para financiar vacina 

Líderes internacionais anunciaram contribuições milionárias durante um evento internacional nesta segunda-feira (04/05) para arrecadar fundos para o desenvolvimento de vacinas e tratamentos contra a covid-19. A iniciativa realizada em uma conferência online com a participação de várias lideranças internacionais tem como objetivo arrecadar 7,5 bilhões de euros.

O evento, liderado pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, visa reunir recursos de governos e organizações filantrópicas em todo o mundo para desenvolver a imunização e disponibilizar os tratamentos de modo universal e a preços acessíveis.

A Comissão Europeia deu início ao evento prometendo doar 1 bilhão de euros para a iniciativa. Em seguida, o presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, anunciaram doações no valor de 500 milhões e 525 milhões de euros, respectivamente, e a Itália, outros 140 milhões. Segundo Von der Leyen, as doações já somam, ao todo, 7,4 bilhões de euros.

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12:00 – Países europeus aliviam restrições, mas ainda impõem limites

Com a diminuição das mortes e das taxas de contágio pelo novo coronavírus, milhões de pessoas em toda a Europa começaram a sair do confinamento nesta segunda-feira, após semanas de medidas rígidas impostas em vários países para conter o avanço da doença. Governos em todo o continente avaliam de que forma deve se dar a reabertura de parte do comércio e das escolas sem que haja uma segunda onda de infecções.

Veja as medidas afrouxadas em cada país

10:00 – Nova Zelândia zera registro de novos casos

Pela primeira vez desde meados de março, a Nova Zelândia não registrou novos casos de coronavírus. O dado indica que a estratégia rigorosa adotada pelo país para tentar conter o avanço da pandemia está funcionando. A Nova Zelândia fechou suas fronteiras e impôs uma quarentena estrita de um mês de duração logo após o início do surto.

As medidas foram afrouxadas um pouco na semana passada, para ajudar a reabrir a economia. A primeira-ministra Jacinda Ardern afirmou que uma decisão será tomada na próxima segunda-feira sobre a possibilidade de relaxar ainda mais as regras. "Vamos continuar o trabalho. Não podemos desperdiçar o bom trabalho feito até agora, quando nosso objetivo final está tão próximo e ao nosso alcance."

O país de quase 5 milhões de pessoas soma 1.487 casos confirmados e 20 mortes.

Primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern
Primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda ArdernFoto: Getty Images/AFP/M. Mitchell

08:40 – Alemanha relaxa gradualmente medidas de confinamento

A Alemanha iniciou nesta segunda-feira um relaxamento gradual das medidas de confinamento, com a retomada parcial das aulas nas escolas e das atividades em alguns setores do comércio, como salões de cabeleireiro, assim como a reabertura de áreas de recreação, igrejas e instituições como museus e zoológicos.

Todos esses locais deverão obedecer regras rígidas de segurança e distanciamento social e observar as exigências de higiene e controle de acesso, além de evitar aglomerações. As medidas foram definidas ao longo das últimas semanas em reuniões entre o governo federal e governadores dos 16 estados.

Estima-se que centenas de milhares de estudantes tenham voltado às escolas nesta segunda-feira em vários estados, mas somente os alunos mais velhos, dos últimos anos do ensino fundamental e médio, que estão prestes a prestar exames.

Leia a notícia completa

07:25 - Espanha inicia 1ª etapa do relaxamento gradual do confinamento

O total de mortos pela epidemia de covid-19 na Espanha aumentou para 25.428 nesta segunda-feira, com 164 novas mortes ocorridas nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde espanhol. A contagem diária de vítimas foi a mais baixa das últimas seis semanas. No mesmo período, o total de casos confirmados no país aumentou de 217.466 para 218.011. 

Nesta segunda-feira, o país deu início à primeira das quatro fases programadas para o alívio das medidas de confinamento, que devem se estender por cerca de dois meses. A partir de agora, as pessoas podem ir ao cabeleireiro, óticas e comprar refeições para viagem em restaurantes, mas somente com hora marcada.  

Muitas lojas ainda continuam fechadas, enquanto os proprietários correm para adaptar seus estabelecimentos às rígidas regras de saúde e higiene anunciadas neste domingo. O governo iniciou a distribuição de 14 milhões de máscaras de proteção, cujo uso passou a ser obrigatório no transporte público.

06:15 – Japão estende estado de emergência até 31 de maio

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse nesta segunda-feira que decidiu estender até 31 de maio o estado de emergência em vigor no país devido à pandemia de coronavírus.

O chefe de governo alertou, porém, que pode vir a revogar a medida antes de seu prazo final se os especialistas concluírem que isso é possível, baseados em análises detalhadas das tendências regionais de infecção.

Em 7 de abril, Abe declarou estado de emergência por um mês em sete regiões japonesas, para logo depois estendê-lo para todo o país. A medida, portanto, expiraria nesta semana.

Uma extensão do estado de emergência já era esperada, apesar da escala relativamente pequena do surto no Japão, que soma 14,8 mil infecções confirmadas e 487 mortes até agora.

05:45 – Trump diz que vacina pode estar disponível até final do ano

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse estar "muito confiante" de que haverá uma vacina contra o coronavírus Sars-cov-2 até o fim deste ano, enquanto o governo "pressiona" vários grupos farmacêuticos. "Os médicos vão dizer que eu não devia dizer isto. Eu digo o que penso", acrescentou, em entrevista à emissora Fox News no domingo (03/05).

Questionado sobre como reagiria se outro país tivesse uma vacina antes dos Estados Unidos, Trump respondeu: "É indiferente. Apenas quero uma vacina que funcione."

Uma centena de pesquisas em busca de uma vacina contra a covid-19 está em curso em todo o mundo, incluindo uma dezena já em fase de ensaios clínicos, de acordo com dados divulgados pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.

Durante a entrevista, Trump ainda defendeu um retorno prudente, mas "tão rápido quanto possível" à atividade no país, e mostrou-se otimista sobre as perspectivas econômicas. O ano de 2021 vai ser "incrível", afirmou o presidente, que voltou a defender as decisões que tomou desde o início da epidemia no país. "Penso que salvamos milhões de vidas."

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (67,6 mil) e mais casos de infecção (mais de 1,15 milhão) no mundo. "Perderemos alguma coisa entre 75 mil, 80 mil e 100 mil pessoas. É algo horrível", previu Trump no domingo.

Resumo dos principais acontecimentos de domingo (03/05):

  • Brasil passa de 100 mil casos e 7 mil mortes, segundo Ministério da Saúde
  • Espanha e Itália têm menor número diário de mortes desde março
  • Rússia é o país europeu com mais casos diários de infecção atualmente
  • Johnson diz que governo britânico chegou a elaborar estratégia caso ele morresse
  • DW premia jornalistas perseguidos por informar sobre a pandemia

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