As principais notícias sobre a pandemia (14/05)
15 de maio de 2020Resumo desta quinta-feira (14/05):
- Mundo tem mais de 4,3 milhões de casos, 299 mil mortes e 1,5 milhão de recuperados
- Brasil registra 202.918 infecções, 13.993 óbitos e 79.479 recuperados
- Berlim estima quase 100 bilhões de euros a menos em receitas tributárias
- Japão suspende estado de emergência na maior parte do país
- Estudo associa covid-19 a doença inflamatória em crianças
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20:00 – Pelo segundo dia consecutivo, Brasil tem recorde de casos de coronavírus em 24 horas
O Brasil confirmou 13.944 novos casos de coronavírus nesta quinta-feira, o número mais alto já registrado em um único dia, superando o recorde do dia anterior. Com isso, o total de infectados chega a 202.918. O país registrou ainda 844 mortes em 24 horas, elevando para 13.993 o total de vítimas.
Segundo o Ministério da Saúde, 79.479 pacientes já se recuperaram da doença (39,2%).
O estado mais atingido é São Paulo, com 54.286 casos confirmados e 4.315 mortes. O Ceará, por sua vez, tem 21.077 infectados e 1.413 óbitos, e o Rio de Janeiro, 19.467 casos e 2.247 mortos. Completam a lista dos cinco estados mais afetados o Amazonas (17.181 casos e 1.235 mortes) e Pernambuco (15.588 casos e 1.298 mortes).
19:20 – Covid-19 obriga zoológico no Canadá a devolver pandas para a China
As restrições ao tráfego aéreo ocasionadas pela covid-19 levaram o zoológico de Calgary, no Canadá, a anunciar nesta quinta-feira (14/05) que devolverá dois pandas que tinha emprestado da China, devido à dificuldade de conseguir alimento suficiente para os animais.
Com a diminuição dos voos, o local enfrenta problemas para receber a quantidade de bambu necessária para alimentar os pandas. Rara no Canadá, a planta precisa ser importada para abastecer o local.
O diretor do zoológico de Calgary, Clement Lanthier, disse que o local passou meses tentando superar as barreiras de transporte na aquisição de bambu fresco e, diante das dificuldades, decidiu que o melhor para os animais é retornar à China, onde sua principal fonte de alimento é abundante.
17:25 – Bangladesh reporta primeiro caso de covid-19 em campo de refugiados rohingyas
O Bangladesh reportou nesta quinta-feira o primeiro caso confirmados de covid-19 em um dos campos de refugiados rohingyas, onde vive cerca de 1 milhão de pessoas em pobreza extrema. Grupos humanitários alertaram que o novo coronavírus pode devastar o acampamento superlotado.
Os epidemiologistas receiam há vários meses uma onda de contágios nos imensos campos de refugiados localizados no sul do país, onde integrantes dessa minoria muçulmana se refugiaram para fugir das perseguições que sofrem no país vizinho, Myanmar.
Duas pessoas testaram positivo ao novo coronavírus na região e foram colocadas em quarentena, afirmou o coordenador sanitário local, Abu Toha Bhuiyan. Um dos dois infetados é um refugiado rohingya e outro um habitante local que vive próximo do campo.
As autoridades do Bangladesh reforçaram as medidas de prevenção e indicaram que vão multiplicar o número de testes. Situados no distrito meridional de Cox's Bazar, os campos de refugiados rohingyas estão isolados do mundo desde o início de abril, com as entradas e saídas reduzidas ao mínimo possível, para evitar a propagação do coronavírus nestes locais.
Atualmente, Bangladesh contabiliza quase 19 mil casos confirmados de covid-19, que resultaram 283 mortes, números que, segundo especialistas, estão muito abaixo da realidade.
16:15 – Mortes por covid-19 no mundo passam de 300 mil
O número total de mortes em decorrência da covid-19 no mundo passou de 300 mil, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. Mais de 4,4 milhões de casos foram confirmados. O Brasil está em sexto lugar tanto no ranking de países com o maior registro de óbitos, com 13.555 mortes, quanto em infecções, com 196.375 casos.
Com 84.985 óbitos, os Estados Unidos são o país com o maior número de mortes, seguido do Reino Unido, com 33.692 óbitos, e Itália, com 31.368 óbitos. Em quarto lugar, está a Espanha, com 27.321 mortes e em quinto, a França, com 27.077 mortes.
O ranking de países com o maior número de casos confirmados também é liderado pelos Estados Unidos, com 1,4 milhão de infecções. Em segundo lugar, está a Rússia, com 252.245 casos, seguida pelo Reino Unido, com 234.431 casos, Espanha, com 229.540 casos, e Itália 223.096 casos.
15:41 – ONU alerta para aumento do sofrimento psicológico durante a pandemia
O secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou para um aumento de sofrimentos psicológicos atrelados à covid-19 e pediu a governos, sociedade civil e autoridades de saúde que atendam urgentemente às necessidades de saúde mental em meio à pandemia de coronavírus.
Em mensagem de vídeo com instruções políticas, o chefe das Nações Unidas disse que, "após décadas de negligência e subinvestimento em serviços de saúde mental, a pandemia de covid-19 agora está atingindo famílias e comunidades com estresse mental adicional".
Guterres apontou para "tristeza pela perda de entes queridos, choque pela perda de empregos, isolamento e restrições de movimento, dinâmica familiar difícil e incerteza e medo pelo futuro".
15:30 – Bolsonaro livra agentes públicos de responsabilidade por erros durante pandemia
O presidente Jair Bolsonaro editou nesta quinta-feira (14/05) uma medida provisória (MP) que isenta funcionários públicos de responsabilidade em casos de erros no combate ao novo coronavírus. A MP foi publicada no Diário Oficial.
Os agentes públicos apenas poderão ser responsabilizados nos âmbitos civil e administrativo se se houver "dolo ou erro grosseiro", "manifesto, evidente e inescusável, praticado com culpa grave" e "com elevado grau de negligência, imprudência ou imperícia".
A medida provisória trata tanto de ações ou omissões no enfrentamento da emergência de saúde pública como do combate aos efeitos econômicos e sociais decorrentes da pandemia de covid-19.
15:17 – Putin afrouxa confinamento no auge da epidemia na Rússia
Muitos moradores de Moscou foram pegos de surpresa quando, na segunda-feira passada (10/05), o presidente Vladimir Putin anunciou um afrouxamento gradual nas restrições impostas aos cidadãos russos para combater o coronavírus.
A Rússia, com mais de 10 mil novos casos confirmados por dia, ocupa agora o primeiro lugar nas estatísticas mundiais de novas infecções e o segundo no número absoluto de pessoas contaminadas pelo coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos. E Moscou é o epicentro da doença no país.
Os moscovitas já aguardam ansiosos a chegada do bom tempo, após um longo inverno, e a chance de poder sair de casa, mas acompanham chocados, dia após dia, as cifras de infectados divulgadas pelo governo.
A Rússia já tem mais de 250 mil casos de coronavírus. O número de mortos está pouco acima de 2.300, uma taxa de mortalidade bem mais baixa em comparação a outros países, o que leva críticos do governo a suspeitar de uma enorme subnotificação dos casos.
15:00 – Portugal mantém curva de contágios estável dez dias após relaxar medidas
A diretora-geral de Saúde de Portugal, Graça Freitas, garantiu nesta quinta-feira que o relaxamento de medidas adotado há dez dias, não provocou alterações na curva de contágio da covid-19. Segundo o boletim oficial, o país registrou hoje 187 novos casos, o que eleva o total para 28.319. Além disso, foram registradas nove mortes a mais, o que aumenta o número para 1.184.
Freitas disse que a previsão do governo é que os novos contágios variem diariamente entre 200 e 300. A responsável pela Direção Geral de Saúde destacou que, apesar de as medidas não serem tão restritivas, os habitantes de Portugal "estão mantendo as medidas de segurança".
O secretário de Estado do país, Antonio Sales, disse que o governo aposta na realização de testes em massa e afirmou que desde 1º de março foram 584 mil exames do novo coronavírus. De acordo com o integrante do governo, são 56,7 mil testes por cada milhão de habitante, o que colocaria Portugal como o quinto país a fazer mais diagnósticos.
A partir da próxima segunda-feira, começará a segunda fase de relaxamento de medidas, com a abertura de creches, onde todos os funcionários serão submetidos a exames. Ainda no início da próxima semana, além da ampliação das aulas também para adolescentes da faixa de 16 a 17 anos, serão autorizadas as visitas aos asilos, e bares e restaurantes poderão receber clientes, desde que não superem a metade da capacidade.
14:00 – Farmacêutica volta atrás e descarta prioridade para os EUA em vacina
O grupo farmacêutico francês Sanofi disse que vai disponibilizar sua vacina para covid-19, quando pronta, para todos os países. O comunicado veio após o CEO da companhia, Paul Hudson, dizer que os Estados Unidos teriam acesso primeiro, uma vez que investiram no desenvolvimento do produto e compartilharam o risco.
O governo francês protestou nesta quinta-feira contra o posicionamento da Sanofi favorável aos americanos, assim como cientistas, que destacaram o investimento feito também pela França. O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que a vacina deve ser "um bem público mundial".
O diretor da Sanofi na França, Olivier Bogillot, tentou conter a controvérsia, garantindo que "o objetivo é que a vacina esteja disponível ao mesmo tempo nos Estados Unidos, na França e na Europa". Mas isso será possível "se os europeus trabalharem tão rápido quanto os americanos", afirmou.
"O governo americano se mobilizou fortemente financeiramente desde o início", enfatizou Bogillot, acrescentando que os Estados Unidos já planejavam pagar "várias centenas de milhões de euros".
A Sanofi, uma dos maiores especialistas em vacinas do mundo, começou sua busca por uma vacina contra a covid-19 em fevereiro, e assinou um acordo de cooperação com a Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Biomédica Avançada, que se reporta ao Ministério da Saúde dos EUA.
O objetivo da companhia é desenvolver uma vacina utilizável dentro de 18 a 24 meses, um prazo muito curto quando comparado com o período que costuma levar, de até dez anos.
Atualmente existem mais de cem projetos de vacina para covid-19 em desenvolvimento em todo o mundo, oito dos quais já estão em ensaios clínicos nos Estados Unidos, China e Europa, segundo o Instituto Jacques Delors.
13:30 – Alemanha aprova novo pacote anticoronavírus
O Bundestag (Parlamento alemão) aprovou nesta quinta-feira um segundo pacote de medidas para tentar conter a propagação do novo coronavírus na Alemanha. O objetivo principal é garantir o funcionamento do sistema de saúde em caso de pandemias e compensar custos financeiros.
Elas preveem que a quantidade de testes seja ampliada, especialmente em asilos de idosos e hospitais, e que as seguradoras de saúde obrigatoriamente sempre paguem por todos os testes.
Mesmo pessoas assintomáticas que suspeitem estar infectadas ou que tiveram contato com uma pessoa infectada poderão fazer um teste, que deverá ser pago pelas empresas seguradoras.
Os deputados também aprovaram um bônus de até 1.000 euros, livre de impostos, para os cuidadores de idosos. O valor será pago pelas seguradoras públicas de assistência, que receberão uma verba extra do governo para isso.
Também foi aprovada uma verba total de 50 milhões de euros para os 375 departamentos de saúde estaduais e municipais do país, com o objetivo principal de melhorar a digitalização dos serviços. Alguns departamentos enviavam suas informações por fax.
12:15 – Alemanha estima quase 100 bilhões de euros a menos em receitas tributárias
A receita tributária da Alemanha cairá em 81,5 bilhões de euros em 2020 como resultado da crise do coronavírus, segundo uma estimativa oficial divulgada pelo governo federal nesta quinta-feira (14/05). Trata-se da primeira queda desde a crise financeira de 2009.
Uma avaliação semestral feita por especialistas em impostos e divulgada pelo Ministério das Finanças mostrou que as autoridades federais, estaduais e municipais devem receber 717,8 bilhões de euros neste ano, ante os 799,3 bilhões de euros coletados em 2019 – uma queda de mais de 10%.
A previsão anterior para 2020, divulgada no fim de 2019, era de um aumento para 816,4 bilhões de euros em receitas. Ou seja, o valor arrecadado neste ano deverá ser quase 100 bilhões de euros abaixo do esperado.
A nova avaliação prevê que a receita tributária da Alemanha atinja a soma de 792,5 bilhões de euros em 2021 e 816 bilhões de euros em 2022. Segundo estimativas, os governos federal, estaduais e locais terão até 2024 cerca de 315,9 bilhões de euros a menos em seus cofres do que o previsto em novembro de 2019.
A crise do coronavírus derrubou os esforços do governo alemão de manter o orçamento equilibrado. Fala-se na pior recessão da Alemanha após a Segunda Guerra e de uma queda esperada de 6,3% na produção econômica. Isso é acompanhado por um declínio nas vendas e nos impostos sobre o comércio. Os valores do imposto de renda também diminuirão, pois milhões de pessoas que trabalham no país precisam atualmente receber benefícios devido à redução da carga horária.
Depois de seis anos com saldo positivo, Berlim se viu obrigada a emprestar 156 bilhões de euros para financiar pacotes de resgate e cobrir o déficit esperado na receita tributária.
A Alemanha está oferecendo mais de 1 trilhão de euros em ajuda através de vários pacotes, que incluem dinheiro para pequenas empresas e microempreendedores que tiveram suas operações suspensas ou fechadas e injeção de capital em empresas maiores, em casos necessários.
O ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, que caracterizou a crise como um "desastre natural", afirmou que o governo federal montará um pacote de estímulos no início de junho.
"Essa é exatamente a hora certa. A maioria das medidas restritivas expira no final de maio – não todas, mas a maioria", disse Scholz, que acrescentou esperar que as medidas sejam "transformadoras" e que contribuam para modernizar a economia e a infraestrutura digital da Alemanha.
O país começou a afrouxar as restrições sociais em 20 de abril, cerca de um mês após sua introdução, e a flexibilização ganhou ritmo na semana passada. Na quarta-feira, a chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que "na situação atual, não estão planejados aumentos de impostos ou taxas" para enfrentar os custos da crise, mas deixou claro que ela não pode prever desdobramentos futuros.
09:20 – Estudo associa covid-19 a doença inflamatória em crianças
Pesquisadores italianos divulgaram um estudo que relaciona o coronavírus Sars-Cov-2 a uma condição que remete à doença de Kawasaki, enfermidade de causa desconhecida que afeta sobretudo crianças menores de cinco anos, inflamando vasos sanguíneos por todo o corpo.
O estudo, publicado nesta quarta-feira (13/05) na revista científica The Lancet foi realizado por pesquisadores da província de Bérgamo, no norte da Itália – região que registrou a maioria dos casos e de mortes por covid-19, doença causada pelo coronavírus, no país.
Os pesquisadores relataram ter encontrado um aumento de 30 vezes na incidência de condições similares à doença de Kawasaki em pacientes examinados num hospital de Bérgamo entre fevereiro e abril.
"A epidemia de Sars-Cov-2 foi associada à alta incidência de uma forma grave da doença de Kawasaki. Um surto semelhante é esperado em países atingidos pelo vírus", diz um trecho da publicação.
A enfermidade inclui sintomas como febre alta, erupções cutâneas, inchaço de glândulas, choque tóxico e, em casos graves, inflamação das artérias, podendo ser mortal. Houve vários relatos de quadros com esses sintomas na Europa e nos EUA.
08:37 – Japão suspende estado de emergência na maior parte do país
O Japão suspendeu o estado de emergência antes do previsto na maioria das regiões, mas serão mantidas restrições em Tóquio e em outras sete áreas de alto risco, incluindo Osaka, Kyoto e Hokkaido, anunciou nesta quinta-feira (14/05) o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.
"Decidimos levantar o estado de emergência em 39 autarquias [das 47 que existem no Japão]", disse o chefe do governo japonês. A medida tem efeito imediato. "Hoje é o novo começo de nossas vidas diárias, de uma nova normalidade."
O estado de emergência para conter a propagação da covid-19 entrou em vigor em 7 de abril em Tóquio e em outras seis prefeituras. Prolongada e estendido ao país inteiro em 4 de maio, a medida emergencial deveria permanecer em vigor até o final de maio. "Se possível, gostaríamos de suspender o estado de emergência antes de 31 de maio também em outras regiões", acrescentou Abe.
Com os sinais de infecções diminuindo, o primeiro-ministro japonês tem buscado tentar relaxar as restrições e encontrar um equilíbrio entre prevenção da doença e o estado da economia.
Apenas 55 novos casos de infeção pelo novo coronavírus foram reportados na quarta-feira em todo o arquipélago, incluindo dez em Tóquio. Mas perante a progressão diária da doença na capital e em Osaka, bem como na grande ilha de Hokkaido, o estado de emergência será mantido nestes locais, segundo Abe.
"Ainda há um longo caminho a percorrer", alertou o primeiro-ministro sobre as áreas mais afetadas, pedindo aos moradores que se abstenham de sair e viajar para outras áreas. Abe disse que especialistas se reunirão novamente na próxima semana para decidir se o estado de emergência possa ser suspenso também nas regiões restantes.
No total, o Japão registou pouco mais de 16 mil casos de covid-19 desde o início da crise sanitária, dos quais 678 foram fatais, níveis muito inferiores aos observados na Europa e nos Estados Unidos.
Mas, perante um claro aumento de casos no final de março, e sob o risco de saturação dos hospitais, o governo japonês decidiu declarar estado de emergência no início de abril, primeiro para Tóquio e seis outras regiões, depois para todo o Japão.
Ao contrário de muitos outros países, o estado de emergência no Japão não se traduz em confinamentos obrigatórios, mas permite que as autoridades regionais recomendem que as pessoas fiquem em casa o máximo possível e que certas empresas considerem fechar temporariamente. Sanções não foram previstas para quem não cumprisse as medidas.
07:55 - Ministro da Saúde alemão defende "passaporte de imunidade" à covid-19
O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, reforçou que considera necessário adotar um certificado de imunidade ao novo coronavírus. No entanto, o plano foi postergado, por ora, devido à resistência do Partido Social-Democrata (SPD), que integra a coalizão governamental ao lado da União Democrata Cristã (CDU), o partido de Spahn e da chanceler federal Angela Merkel.
"Há críticas compreensíveis, o que mostra que, como sociedade, precisamos de mais tempo para debater essa questão", disse Spahn em entrevista ao Redaktionsnetzwerk Deutschland (RND), divulgada nesta quinta-feira (14/05). Segundo o ministro, ainda será amplamente discutida a questão de quais restrições devem ser adotadas para quem e quando.
"Outros países já planejam tornar a entrada neles dependente de tal comprovação de imunidade. Isso já existe para outras doenças contagiosas, como a febre amarela. A solução não pode ser que nossos cidadãos não possam mais viajar para países que planejam tais regulamentações", prosseguiu o ministro alemão.
05:14 – Alemanha volta a registrar quase mil novos casos num dia
Segundo o Instituto Roberto Koch (RKI), responsável pela prevenção e controle de doenças na Alemanha, o número de casos de covid-19 confirmados no país aumentou em 933 nas últimas 24 horas e saltou para um total de 172.239 nesta quinta-feira. Foram registras 89 novas mortes em decorrência da doença, totalizando 7.723.
Confira a evolução dos números nos últimos dias na Alemanha:
Quarta-feira, 13 de maio: 798 novos casos; 101 mortes
Terça-feira , 12 de maio: 933 novos casos; 116 mortes
Segunda-feira, 11 de maio: 357 novos casos; 22 mortes
Domingo, 10 de maio: 667 novos casos; 13 mortes
Sábado, 09 de maio: 1.251 novos casos; 147 mortes
Os dados divulgados num determinado dia, referem-se aos casos e óbitos ocorridos no dia anterior. Além disso, a contabilização de casos nos finais de semana é mais lenta – por vezes, alguns dados são computados somente no início da semana.
05:06 – Alemanha decide sobre bônus a funcionários da saúde
O ministro da Saúde da Alemanha, Jens Spahn, pediu a todos os estados alemães que apoiem o pagamento de bônus para funcionários de saúde que atuam na assistência de enfermagem ou em lares de idosos.
Em uma entrevista à Redaktionsnetzwerk Deutschland (RND), Spahn disse que os profissionais merecem "reconhecimento financeiro" por seu trabalho duro durante as "condições difíceis" nos cuidados hospitalares e ambulatoriais provocados pela pandemia do novo coronavírus.
O plano de bônus será decidido pelo Bundestag (Parlamento alemão) nesta quinta-feira. Caso aprovado, proporcionaria aos profissionais de saúde um bônus de até mil euros pagos pelo seguro de assistência de enfermagem. As companhias de seguros seriam então reembolsadas pelo governo.
04:57 – Instituto alemão espera aprovação de vacina contra covid-19 até início de 2021
O presidente do Instituto Paul-Ehrlich, órgão regulador médico subordinado ao Ministério da Saúde da Alemanha, disse estar confiante de que pelo menos três possíveis vacinas contra o coronavírus serão testadas na Alemanha antes do final do ano.
"Se todos esses ensaios clínicos forem positivos, falaremos sobre como iniciar a aprovação até o final deste ano ou início do próximo ano", disse Klaus Cichutek ao jornal alemão Mannheimer Morgen. Ele afirmou estar confiante de que uma vacina acabará por ser desenvolvida.
Até a criação de uma vacina eficaz, Cichutek disse que é necessário desenvolver terapias para tratar a covid-19, como o tratamento com anticorpos usando plasma sanguíneo de pacientes recuperados.
04:46 – Vírus pode se espalhar por meio da fala, diz estudo
Pequenas gotas de saliva expelidas ao falar alto podem permanecer no ar num ambiente fechado por mais de 10 minutos, segundo um estudo divulgado na quarta-feira (13/05) e que destaca o papel importante das gotículas de saliva na disseminação do novo coronavírus.
Cientistas do Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais dos EUA realizaram um estudo em que uma pessoa repete em voz alta a frase "mantenha-se saudável" dentro de uma caixa por 25 segundos.
Um laser projetado na caixa iluminou milhares de minúsculas gotículas de saliva, que poderiam carregar partículas de vírus. As gotículas ficaram no ar por 12 minutos, segundo dados do estudo.
Os pesquisadores estimam que cada minuto de fala em voz alta de uma pessoa infectada pode gerar mil gotículas contendo vírus que permanecem no ar por cerca de oito minutos ou mais num ambiente fechado.
04:26 – Trump rebate advertências de especialista e defende reabertura de escolas
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou considerar "inaceitáveis" as advertências feitas pelo pelo especialista em doenças infecciosas e membro da força-tarefa do coronavírus no país, Anthony Fauci, em relação à reabertura da sociedade – especialmente quando se trata de escolas.
"Estamos abrindo nosso país, as pessoas querem que ele abra, as escolas serão abertas", disse Trump.
Fauci havia dito ao Senado dos EUA que cidades e estados poderiam sofrer mais mortes e danos econômicos caso as ordens de confinamento fossem suspensas sem a capacidade adequada de reação a novos surtos. "Minha preocupação é que começaremos a ver pequenos picos que podem se transformar em surtos", disse Fauci.
Há um crescente atrito entre Trump e especialistas em doenças dos EUA que têm alertado que o abrandamento do distanciamento social e a reabertura de empresas sem que haja a capacidade de rastrear novos casos de covid-19 levarão a uma maior calamidade nos próximos meses.
Trump estabeleceu como prioridade a retomada da economia dos EUA, que atualmente está sobrecarregada com um desemprego recorde. Trump afirmou estar otimista de que haverá uma retomada do crescimento econômico. "Acho que teremos um fenomenal próximo ano."
Enquanto isso, o candidato presidencial democrata Joe Biden zombou de Trump e saiu em defesa a Fauci numa mensagem no Twitter: "Eu confiaria no cara que é um dos principais especialistas em saúde pública do nosso país, e não naquele que pensou em injetar desinfetante no corpo e olhou diretamente para um eclipse solar."
Os Estados Unidos lideram a lista de casos confirmados e mortes por covid-19 no mundo, com mais de 1,3 milhão de infecções e mais de 84 mil óbitos.
Resumo dos principais acontecimentos de quarta-feira (13/05):
- Coronavírus pode nunca ser erradicado, alerta OMS
- Exames entregues por Bolsonaro deram negativo para o coronavírus
- Alemanha anuncia afrouxamento de controles de fronteira
- Pandemia já atinge todos os países da África
- Rússia tem mais de 10 mil casos de covid-19 em um dia
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