1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Coronavírus: as principais notícias sobre a pandemia (14/04)

15 de abril de 2020

Trump suspende contribuições à OMS. Com 204 vítimas em 24 horas, Brasil registra novo recorde diário de mortos. Governadores Wilson Witzel e Helder Barbalho têm coronavírus. Índia estende medidas de isolamento.

https://p.dw.com/p/3arCy
Coronavirus Bergamo Italien
Agentes de saúde aproveitam uma rara pausa na ItáliaFoto: Getty Images/M. Di Lauro

Resumo desta terça-feira (14/04):

  • Mundo tem mais de 1,9 milhão de casos confirmados, mais de 125 mil mortes e 474 mil recuperados
  • Brasil tem 25.262 casos confirmados e 1.532 mortes, segundo o Ministério da Saúde
  • Governadores Wilson Witzel e Helder Barbalho contraíram coronavírus
  • FMI estima que economia global vai sofrer retração de 3% em 2020
  • Trump suspende contribuições à OMS
  • Índia estende medidas de isolamento
  • Áustria e Itália começam a reabrir o comércio parcialmente

Transmissão encerrada. As atualizações estão no horário de Brasília:

21:00 – Trump suspende contribuições à OMS

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu suspender, pelo menos temporariamente, as contribuições de seu país à Organização Mundial da Saúde (OMS), acusando a entidade de "encobrir" a pandemia de coronavírus e de responder de forma inadequada à propagação da doença.

"Ordeno ao meu governo que suspenda as contribuições para a OMS enquanto revejo sua conduta, para determinar seu papel e sua grave má gestão e encobrimento da propagação do coronavírus", anunciou Trump em entrevista coletiva na Casa Branca.

Segundo o líder americano, o mundo depende da OMS para garantir que informações precisas sobre ameaças à saúde sejam compartilhadas em tempo hábil, mas acabou recebendo "muitas informações falsas sobre a transmissão e a mortalidade" da doença covid-19. A entidade "fracassou em seu dever básico e deve ser responsabilizada", acrescentou.

Trump disse ainda que os EUA contribuem com "entre 400 e 500 milhões de dólares por ano" para a OMS, enquanto a China, onde o novo coronavírus surgiu pela primeira vez, investe apenas cerca de 40 milhões de dólares ou "ainda menos", segundo estimou o próprio republicano.

Ele acrescentou que, se a OMS "tivesse feito o seu trabalho e enviado especialistas médicos para a China", para averiguar a "situação no local", a pandemia poderia "ter sido contida em sua fonte com pouquíssimas mortes".

Os Estados Unidos são o maior financiador da agência de saúde da ONU. Em 2019, o país contribuiu com mais de 400 milhões de dólares, o que corresponde a cerca de 15% de seu orçamento.

20:30 – Períodos alternados de quarentena podem ser necessários até 2022, diz estudo

Uma imposição única e prolongada de quarentena não será suficiente para conter a pandemia de coronavírus, e períodos alternados de distanciamento social poderão ser necessários até 2022 para impedir que hospitais fiquem sobrecarregados. A conclusão é de um estudo publicado nesta terça-feira na revista científica Science.

Cientistas da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, criaram simulações por computador sobre possíveis trajetórias da pandemia. A pesquisa supõe que a doença covid-19, provocada pelo coronavírus Sars-Cov-2, se tornará sazonal, assim como outros vírus semelhantes que causam a gripe comum, com taxas de transmissão mais altas em meses mais frios.

"Descobrimos que as medidas únicas de distanciamento social provavelmente serão insuficientes para manter a incidência do Sars-Cov-2 dentro dos limites da capacidade de cuidado intensivo nos Estados Unidos", disse o autor principal do estudo, Stephen Kissler, em conversa com jornalistas.

"O que parece ser necessário na ausência de outros tipos de tratamento são os períodos intermitentes de distanciamento social", acrescentou.

Leia a notícia completa

19:50 – Nova York corrige número de mortos para incluir mais 3.700 vítimas

O número de mortos por coronavírus na cidade de Nova York, nos Estados Unidos, foi revisado para mais de 10 mil nesta terça-feira. O novo balanço inclui mais 3.700 óbitos suspeitos de terem relação com a covid-19, mas que nunca foram testados, disse o departamento de saúde da cidade.

"Por trás de cada morte há um amigo, um membro da família, um ente querido. Estamos focados em garantir que todos os nova-iorquinos que morreram por causa da covid-19  sejam contados", afirmou o chefe de saúde local, o médico Oxiris Barbot.

Nova York tem sido o epicentro da pandemia de coronavírus nos Estados Unidos, onde funcionários de saúde relatam escassez de testes, de  equipamentos de proteção individual e de outros suprimentos médicos.

19:00 – Governador do Pará diz que contraiu coronavírus

O governador paraense, Helder Barbalho, disse nesta terça-feira que fez um novo exame para coronavírus, e o resultado deu positivo, após um teste realizado no fim de semana ter dado negativo. O anúncio foi feito em vídeo publicado por Barbalho no Twitter.

"Como vocês sabem, parte da minha equipe deu positivo para coronavírus. No último sábado eu fiz exame, e deu inconclusivo. Depois fizemos uma contraprova e deu negativo. Mas eles recomendaram que eu fizesse um novo teste nesta terça-feira, e o meu teste deu positivo", disse no vídeo.

O governador do Pará completou: "Quero ao mesmo tempo tranquilizar. Eu estou superbem, estou assintomático, não tenho qualquer sintoma. Tenho trabalhado desde sexta-feira de casa."

Barbalho aproveitou ainda para reforçar os pedidos para que a população permaneça em casa. "Este vírus é extremamente contagioso. Ele não escolhe idade, ele não escolhe classe social. Todo mundo está exposto, e todo mundo pode pegá-lo. Por isso eu faço um apelo a você: fique em casa, e vamos juntos vencer o coronavírus. Quem ama cuida, e quem cuida fica em casa", concluiu.

Mais cedo, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, já havia anunciado que seu exame teve resultado positivo para o coronavírus. Ele apresentou sintomas de febre, dor de garganta, perda de olfato, mas disse que já está se sentindo bem.

18:20 – Após um mês de quarentena, Peru tem 10 mil casos

O Peru superou a marca de 10 mil casos confirmados de coronavírus nesta terça-feira, dia em que as medidas de isolamento social impostas pelo governo peruano para conter a pandemia completam 30 dias. Número de mortos chega a 230 no país.

"Estamos a 30 dias do início do estado de emergência; há um mês tomamos a difícil decisão de colocar todos os peruanos em uma situação extraordinária e especial para combater um mal que aflige a todos", disse o presidente Martín Vizcarra.

Segundo o líder peruano, 102.216 testes foram realizados no país, dos quais 10.303 resultaram positivo. Além disso, 914 pacientes estão hospitalizados, 132 deles com ventilação mecânica.

17:40 – Itália registra menor número diário de novas infecções em mais de um mês

A Itália registrou 602 mortes em 24 horas, um leve aumento em comparação com os dados de segunda-feira, quando haviam sido computados 566 óbitos. O total de vítimas chega agora a 21.067 em todo o país – a nação europeia é a segunda mais afetada do mundo, depois dos Estados Unidos, que somam mais de 25 mil mortos.

Por outro lado, o número de novas infecções retraiu: foram 2.972 casos confirmados nas últimas 24 horas, o menor número desde 13 de março. Na segunda-feira, haviam sido registradas 3.153 novas ocorrências. Agora, o total de infectados passa de 162 mil no país.

Homem de máscara passa em frente à Fontana di Trevi, em Roma
Foto: picture-alliance/Zumapress/M. Trevisan

17:00 – Com 204 vítimas em 24 horas, Brasil tem novo recorde diário de mortos

O Brasil registrou mais 204 mortes por coronavírus em 24 horas, elevando o total de vítimas no país para 1.532, segundo o balanço do Ministério da Saúde desta terça-feira. O número diário de mortes é o mais alto desde o início da pandemia, com um aumento de 15% em relação ao dia anterior.

Os casos confirmados aumentaram 8%, passando de 23.430 na segunda-feira para 25.262 nesta terça. Os estados mais atingidos são São Paulo (9.371 casos confirmados e 695 mortes), Rio de Janeiro (3.410 casos e 224 mortes) e Ceará (2.005 casos e 107 mortes).

16:40 – Witzel diz que recebeu teste positivo para coronavírus

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, de 52 anos, publicou um vídeo em rede social informando que foi diagnosticado com covid-19. Ele disse que começou a sentir sintomas na última sexta-feira e pediu para realizar o exame de coronavírus, que resultou positivo nesta terça-feira.

"Tive febre, dor de garganta, perda de olfato. E graças a Deus estou me sentindo bem, continuarei trabalhando aqui do Palácio Laranjeiras, mantendo as restrições e as recomendações médicas, e tenho certeza que vou superar mais essa dificuldade", disse Witzel no vídeo.

O governador pediu ainda que a população respeite as medidas de isolamento social e fique em casa, "porque a doença, como todos podem estar percebendo, não escolhe ninguém, e o contágio é rápido".

Na segunda-feira, Witzel publicou um decreto que prorrogou a quarentena em todo o estado até 30 de abril. O Rio é o segundo estado mais afetado pela pandemia, com mais de 3,2 mil casos confirmados e 188 mortes.

16:20 – França tem mais 762 mortes por coronavírus

A França registrou 762 mortes por covid-19 em hospitais e casas de repouso nesta terça-feira, elevando o total de vítimas no país para 15.729. Segundo autoridades de saúde francesas, o número de casos confirmados já passa de 103 mil. A cifra de pacientes em unidades de terapia intensiva, por outro lado, caiu pelo sexto dia consecutivo, chegando a 6.730.

Os números oficiais de infecções na França diferem da contagem mantida pela Universidade Johns Hopkins, que fala em mais de 144 mil casos confirmados.

15:55 – Nos EUA, entre 10% e 20% dos infectados são profissionais de saúde

Entre 10% e 20% dos casos confirmados de coronavírus nos Estados Unidos são entre profissionais de saúde, informaram autoridades nesta terça-feira. Contudo, eles tendem a precisar menos de internação em hospitais do que outros pacientes.

Os dados nacionais, divulgados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, são os primeiros a revelar como a pandemia está atingindo médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde no país.

A médica Anne Schuchat, que lidera a resposta do CDC à crise do coronavírus, afirmou que as estimativas são novas e importantes, mas não necessariamente surpreendentes. Profissionais de saúde também estão sendo bastante atingidos em outros países: segundo a imprensa internacional, cerca de 10% dos casos na Itália e na Espanha correspondem a esses profissionais.

Segundo a universidade americana Johns Hopkins, os EUA somam mais de 592 mil casos de covid-19 e mais de 24 mil mortes até o momento. Nova York é o estado mais atingido, com mais de 195 mil infecções e 10 mil mortos.

15:15 – Negacionista alemã da pandemia é internada em clínica psiquiátrica

Uma advogada de Heidelberg que se tornou uma espécie de heroína dos negacionistas da pandemia de coronavírus na Alemanha foi detida no último domingo (12/04) após agir de maneira confusa na rua e agredir um policial. Ela foi posteriormente internada em uma clínica psiquiátrica.

Nas últimas semanas, Beate Bahner, de 54 anos, vinha defendendo por meio de textos em seu site que a covid-19 era uma mera "gripe" e que as medidas de distanciamento social impostas pelo governo federal e autoridades estaduais alemãs eram "flagrantemente inconstitucionais" e violariam os direitos fundamentais dos cidadãos em um "nível sem precedentes".

Ela também chegou a convocar uma manifestação nacional contra a quarentena, num momento em que as autoridades proíbem aglomerações com mais de duas pessoas em toda a Alemanha, e apresentou ações judiciais contra as medidas de isolamento social.

Leia a notícia completa

14:40 – Governador de Nova York rebate Trump: "Não temos um rei"

O governador do estado americano de Nova York, Andrew Cuomo, rebateu nesta terça-feira o presidente Donald Trump, que na véspera afirmara ter "total autoridade" para decidir sobre a retomada da normalidade no país, após semanas de medidas de isolamento social.

"Quando alguém é presidente dos Estados Unidos, a autoridade é total", disse Trump durante uma entrevista coletiva na segunda-feira à noite, referindo-se à saúde pública e poderes policiais nos estados e territórios. "Os governadores sabem disso."

Em entrevista à emissora NBC, o democrata Cuomo comentou a fala de Trump: "Não sei sobre o que o presidente está falando, sinceramente. Nós temos uma Constituição. Não temos um rei. O presidente não tem total autoridade."

Joe Biden, provável candidato democrata à Casa Branca, fez crítica semelhante. "Não estou concorrendo ao cargo de rei da América", escreveu no Twitter. "Eu respeito a Constituição. Eu li a Constituição. Prestei juramento a ela muitas vezes.  Respeito o excelente trabalho que muitos governadores deste país – democratas e republicanos – estão realizando sob essas circunstâncias horríveis."

Segundo a universidade americana Johns Hopkins, os EUA somam mais de 584 mil casos confirmados de covid-19 e mais de 24 mil mortes. Nova York é o estado mais atingido, com mais de 195 mil infecções e mais de 10 mil mortos.

13:40 – Áustria e Itália começam a reabrir o comércio parcialmente

Milhares de lojas foram reabertas na Áustria e na Itália nesta terça-feira, em meio a um relaxamento das medidas restritivas para conter a pandemia de covid-19 nos dois países europeus.

O governo austríaco permitiu a reabertura parcial de alguns setores, como lojas de ferragens e jardinagem e outros pequenos negócios. As regras de distanciamento social dentro dos estabelecimentos seguem valendo.

Na Itália, um número limitado de lojas foi autorizado a reabrir, como as que vendem livros, artigos de papelaria e roupas para bebês e crianças pequenas, embora com regras estritas sobre número de clientes e medidas de higiene.

Algumas regiões italianas, contudo, decidiram prolongar o fechamento do comércio em seu território. A Lombardia e outras regiões do norte do país, por exemplo, manterão suas medidas por mais tempo.

A Áustria, com uma população de 8,8 milhões de pessoas, registrou até agora pouco mais de 14 mil casos confirmados do novo coronavírus e 384 mortes. Já a Itália é um dos países mais atingidos pela pandemia no mundo. Foram quase 160 mil casos e mais de 20 mil mortos.

Mulher reabre uma loja de artigos infantis em Roma, na Itália
Foto: Reuters/A. Lingria

12:21 – Mourão diz que Mandetta "cruzou a linha da bola" em entrevista ao Fantástico

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta terça-feira que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, "cruzou a linha da bola" durante a entrevista concedida no domingo ao Fantástico, da TV Globo. Na ocasião, Mandetta fez críticas indiretas ao presidente Jair Bolsonaro, que vem publicamente contrariando orientações do Ministério da Saúde e minimizando a pandemia de covid-19.  

"Cruzar a linha da bola é uma falta grave no polo. Nenhum cavaleiro pode cruzar na frente da linha da bola", disse o vice-presidente, citando o jogo praticado com cavalos, em evento organizado pelo jornal O Estado de S. Paulo. "Ele [Mandetta] fez uma falta. Merecia um cartão. [Mandetta] não precisava ter dito determinadas coisas."

No domingo, Mandetta cobrou uma postura unificada do governo para lidar com a pandemia. "O brasileiro não sabe se escuta o ministro da Saúde, o presidente, quem é que ele escuta", disse Mandetta na ocasião. 

A entrevista ocorreu após Bolsonaro demonstrar publicamente irritação com o protagonismo de Mandetta à frente dos esforços para conter a pandemia de coronavírus. Uma pesquisa Datafolha recente apontou que 76% dos brasileiros aprovam o trabalho de Mandetta na condução da crise do novo coronavírus. Já a avaliação de Bolsonaro foi significativamente mais baixa: 33%.

Há uma semana, Bolsonaro chegou a afirmar que alguns membros do seu governo estavam "se achando" e se comportando como "estrelas", num claro recado a Mandetta. O presidente também tem saído em público regularmente, visitando comércios e provocando aglomerações, na prática sabotando publicamente as orientações do ministro, que pediu seguidas vezes para que a população fique em casa.

12:07 – Número de casos de covid-19 no Brasil é 15 vezes maior que o oficial, diz estudo

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Brasília (UnB) afirmam que a subnotificação de casos de covid-19 no Brasil faz com que o número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus no país seja bem maior do que o divulgado pelo Ministério da Saúde. 

Uma análise apresentada nesta terça-feira (14/04) pelo portal Covid-19 Brasil, que reúne cientistas e estudantes das duas universidades e de outras instituições de pesquisa, afirma que o total de infecções no país seria de mais de 313 mil, bem superior aos dados mais do Ministério da Saúde, que contabilizou 23.430 casos até esta segunda-feira.

A análise de modelagem numérica apresentada pelo portal revela que até o dia 11 de abril haviam 313.288 pessoas infectadas, número 15 vezes maior do que os dados oficiais para a mesma data, que eram de 20.727.

Leia a notícia completa

11:36 – Reino Unido registra mais 778 mortes

Mais 778 pessoas com covid-19 morreram nas últimas 24 horas no Reino Unido, elevando para 12.107 o número de óbitos no país, anunciou hoje o Ministério da Saúde britânico. 

O número total de casos de contágio chega a 93.873, com mais 5.252 registrados nas últimas 24 horas.

No domingo, tinham sido registradas mais 717 mortes e 4.342 novos casos.

O número de mortes inclui apenas pacientes diagnosticados com a covid-19 que morreram em hospitais até às 17h da véspera. Já o número de pessoas infectadas inclui diagnósticos realizados até às 09h de hoje (hora local). 

11:25 – Ministro alemão da Saúde é criticado após aglomeração em elevador

Uma fotografia que inclui um grupo de políticos alemães de alto escalão – entre estes, o ministro da Saúde, Jens Spahn – apertados em um elevador de um hospital, em clara violação das regras de distanciamento social, gerou revolta nas redes sociais na Alemanha.

A imagem mostra um grupo de pessoas usando máscaras de proteção, entre estes, o governador do estado de Hessen, Volker Bouffier, e Helge Braun, chefe de gabinete da chanceler federal alemã, Angela Merkel, em meio a um grupo de 10 pessoas em um elevador no hospital da Universidade de Gießen, próximo a Frankfurt.

"Claramente, isso poderia ter sido feito de forma melhor. Mantenham a distância, mesmo usando máscaras faciais. E, da próxima vez, usemos as escadas", comentou Spahn após a divulgação da foto.

10:30 – FMI prevê que PIB do Brasil vai encolher 5,3% em 2020

O Fundo Monetário Internacional (FMI) apontou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve recuar 5,3% em 2020, em meio aos impactos negativos da pandemia de coronavírus. A previsão consta no relatório "Panorama Econômico Mundial”, publicado nesta terça-feira (14/04).

O FMI também apontou que a economia global deve sofrer uma retração de 3% em 2020 em razão da pandemia. A crise deve ser grave nos países desenvolvidos, que devem registrar, em média, uma retração de 6,1%.

A Alemanha, por exemplo, deve sofrer uma retração de 7% no seu PIB. Os EUA, de 5,9%. A Itália, um dos países mais afetados pela covid-19 no mundo, deve sofrer uma queda de 9,1%.

Leia a notícia completa

08:40 – Mais de 18 mil mortes na Espanha

O número de mortes por covid-19 na Espanha chegou a 18.056, após o registro de 567 novas vítimas nas últimas 24 horas. O total de óbitos teve um leve aumento em relação ao dia anterior, quando foram registradas 517 mortes. Mesmo assim, as estatísticas ainda se mantêm abaixo da maioria das médias diárias registradas nas duas semanas anteriores.

O número confirmado de infecções é de 172.541, após o Ministério espanhol da Saúde anunciar o registro de 3.045 novos casos, um aumento de 1,8% em relação ao dia anterior,

Os dados trazem certo alívio após os temores de que infecções não registradas durante o feriado da Páscoa poderiam reverter a tendência de desaceleração da disseminação da doença no país. Entretanto, é possível que a realidade seja diferente, uma vez que a Espanha não realizou testes em grande escala. O próprio governo admite que as mortes associadas ao coronavírus não são registradas de modo eficiente. 

 As medidas de isolamento na Espanha entraram em vigor em 14 de março.

08:20 – "Ainda não se pode falar em contenção da pandemia na Alemanha"

Apesar da queda no número de novas infecções pelo coronavírus Sars-Cov-2 na Alemanha durante o feriado de Páscoa, que terminou nesta segunda-feira (13/04) no país, o Instituto Robert Koch (RKI) de prevenção e controle de doenças ainda não a disseminação do vírus no país como contida.

Desta segunda para terça, os novos casos aumentaram em 2.082, para 125.098 em todo o país, segundo números do RKI. O número total de mortes divulgado pelo órgão é de 2.969. Este foi o quarto declínio no número de infecções diário após quatro dias de aumento.

"Ainda não podemos falar em contenção. Vemos uma desaceleração", afirmou o presidente do RKI, Lothar Wieler, em coletiva de imprensa em Berlim nesta terça. Wieler disse que, por ocasião do feriado, foram realizados menos testes para detectar o patógeno causador da doença respiratória covid-19. 

O presidente do RKI ainda disse que o objetivo é que a taxa básica de reprodução do vírus caia para 1 ou fique abaixo desse nível. Isso quer dizer que uma pessoa infectada com o coronavírus contagiaria, no máximo, uma pessoa ou menos, em média. Atualmente, o RKI calcula esse número em 1,2 na Alemanha.

Leia a notícia completa

07:30 – Índia prolonga medidas de isolamento

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, anunciou a extensão das medidas de isolamento no país de 1,3 bilhão de habitantes até o dia 3 de maio, mas afirmou que poderá haver relaxamentos a algumas das restrições de movimento para ajudar os mais pobres, que dependem de rendimentos diários, e os que trabalham na agricultura.

Em pronunciamento à nação, Modi afirmou que haverá "relaxamentos limitados" a partir de 20 de abril, mas apenas em distritos onde não há casos da doença. As restrições foram impostas pelo governo no dia 25 de março e deveriam ser encerradas nesta terça-feira. Até o momento, as pessoas apenas podem deixar suas casas para saídas rápidas para ir a farmácia ou mercados.

As medidas adotadas pelo governo atingiram fortemente os mais pobres, deixando milhões de trabalhadores que dependem de rendimentos diários sem emprego e forçando centenas de milhares a retornarem a seus vilarejos de origem. Muitos acabaram retidos em cidades superpovoadas em meio a péssimas condições sanitárias, onde o vírus pode se espalhar facilmente.

"Do ponto de vista econômico, pagamos um alto preço, mas as vidas do povo indiano são muito mais valiosas",  disse Modi. "As experiências dos últimos dias deixam claro que o caminho que escolhemos é o correto", afirmou.

Segundo dados oficiais, o país possui mais de 9 mil casos registrados e 339 mortes. Entretanto, alguns especialistas afirmam que a Índia não realizou testes suficientes e que o número de infeções deve ser bem maior.

Narendra Modi
Modi: "Do ponto de vista econômico, pagamos um alto preço, mas vidas são muito mais valiosas"Foto: picture-alliance/dpa/PTI/Twitter

7:00 – Total de mortes no Reino Unido seria maior que o divulgado até agora

O total de mortes por covid-19 registrado no Reino Unido até o dia 3 de abril deve ser mais alto do que o número divulgado até agora, segundo dados publicados nesta terça-feira pelo Escritório Nacional de Estatísticas do país.

Na Inglaterra, 5.979 mortes teriam ocorrido até 3 de abril em decorrência da covid-19, 15% mais que as 5.189 anunciadas pelo Serviço Nacional de Saúde (NHS) para o período.

Diferentemente dos dados publicados diariamente pelo NHS, que mostram apenas mortes em hospitais, os dados divulgados nesta terça incluem mortes em todos os cenários, incluindo casas de repouso, e também casos em que havia suspeita de covid-19, mas a doença não foi diagnosticada via teste.

O dado diário mais atual aponta que 11.329 pessoas morreram em hospitais do Reino Unido até este domingo após serem diagnosticadas com o coronavírus.

06:20 – Trump diz ter "autoridade total" para decidir sobre reabertura da economia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter "autoridade total" para decidir sobre a reabertura da economia do país após semanas de medidas de distanciamento social e de confinamento.

"Quando alguém é presidente dos Estados Unidos, a autoridade é total", disse Trump durante uma entrevista coletiva marcada por discussões e desentendimentos com jornalistas. "Os governadores sabem disso."

Governadores democratas e republicanos reagiram e ressaltaram que os estados detêm a responsabilidade primária de assegurar a segurança publica e decidir quando será o momento seguro para o retorno à normalidade.

Após o agravamento da pandemia, o presidente lançou alertas e recomendações à população para que as pessoas permanecessem em suas casas, mas foram os governadores que impuseram restrições, como o fechamento de escolas e de serviços não essenciais.

Governadores dos estados de Nova York, Nova Jersey, Connecticut, Pensilvânia, Delaware e Rhode Island decidiram coordenar suas ações. Uma decisão semelhante foi tomada pelos governos de Washington, Califórnia e Oregon.

Trump, porém, insiste que cabe ao presidente tomar as decisões finais e prometeu divulgar um documento justificando a legalidade de suas afirmações.

Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, os Estados Unidos, país mais afetado pela pandemia, têm mais de 582 mil infecções pelo coronavírus Sars-Cov-2 confirmadas, e mais de 23,6 mil mortes em decorrência da covid-19, a doença respiratória causada pelo patógeno.

05:28 – Eleição de líder do partido de Merkel deve ser adiada para dezembro

A votação para eleger a nova liderança da União Democrata Cristã (CDU) – o partido da chanceler federal alemã, Angela Merkel – provavelmente será adiada até a conferência da legenda marcada para o mês de dezembro, afirmou a atual líder da legenda, Annegret Kramp-Karrenbauer.

Um congresso extraordinário do partido para a eleição do novo líder estava planejado para abril, mas teve de ser cancelado em razão da pandemia de covid-19. O novo líder da legenda governista deverá ser indicado para concorrer pelo partido à sucessão de Merkel na chefia de governo.

Até o momento, há três candidatos à liderança da CDU: Friedrich Merz, ex-líder da bancada parlamentar do partido;  Armin Laschet, governador do estado da Renânia do Norte-Vestfália; e o ex-ministro do Meio Ambiente Norbert Röttgen.

Resumo dos principais acontecimentos de segunda-feira (13/04):

  • Confinamento na França vai durar mais um mês, anuncia Macron
  • Itália supera marca dos 20 mil mortos e prorroga quarentena
  • Pesquisa aponta que alemães aprovam medidas de isolamento social
  • Espanha retoma atividades em alguns setores
  • Witzel prorroga medidas de isolamento contra pandemia no Rio

______________

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube 
App | Instagram | Newsletter