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Argentina prende dois após ordem contra foragidos do 8/1

16 de novembro de 2024

Judiciário argentino expediu mandados de prisão contra 61 bolsonaristas condenados no Brasil por participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

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Manifestantes destroem fachada de vidro do Supremo Tribunal Federal, em Brasília (foto de arquivo)
Em outubro, o ministro do STF Alexandre de Moraes pediu a extradição de brasileiros condenados por participação em atos golpistasFoto: Ton Molina/AFP/Getty Images

A Argentina capturou dois dos 61 bolsonaristas alvos de mandados de prisão e que se esconderam no país após participarem dos atos golpistas em Brasília em 8 de janeiro de 2023.

Rodrigo Moro Ramalho, condenado a 14 anos de cadeia, foi detido nesta sexta-feira (15/11). No dia anterior, as autoridades haviam prendido Joelton Gusmão Oliveira, condenado a 17 anos de reclusão.

As ordens de prisão atendem a um pedido das autoridades brasileiras, e caberá ao Judiciário argentino decidir sobre a extradição deles. Os brasileiros têm condenações pendentes no Brasil e são considerados foragidos.

Ao portal UOL, a defesa de Ramalho afirmou que a prisão é ilegal e que seu cliente tem autorização provisória para viver na Argentina até que seu pedido de refúgio seja analisado.

Governo Milei mudou regras para refúgio

De janeiro a setembro deste ano, 181 brasileiros pediram asilo na Argentina, segundo dados do Conare, órgão do governo argentino que cuida de refugiados. Parte deles é procurada pela Justiça brasileira pelos ataques às sedes dos Três Poderes.

Em outubro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes havia pedido a extradição de 63 brasileiros à Argentina.

Segundo noticiado pela imprensa brasileira, os fugitivos que pediram asilo na Argentina têm um documento que dá a eles status de refugiados até a análise definitiva de seus processos – o que, na prática, impede a extradição.

Há um mês, porém, o governo de Javier Milei baixou um decreto excluindo a possibilidade de refúgio a denunciados ou condenados por "crime grave" em seus países de origem, como "atividades terroristas, violações graves dos direitos humanos ou qualquer ação que comprometa a paz e a segurança internacionais", conforme o jornal Folha de S.Paulo.

ra (ots)