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Arábia Saudita e aliados divulgam "lista do terror" do Catar

9 de junho de 2017

Países citam nomes de 59 pessoas e 12 entidades da península do Golfo suspeitas de apoiar e financiar grupos terroristas. Comunicado diz que suspeitos serão procurados.

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Catar vive crime diplomática desde segunda-feiraFoto: picture alliance/robertharding/F. Fell

Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Bahrein divulgaram nesta sexta-feira (09/06) uma lista com nomes de suspeitos de ligação com o terrorismo no Catar. O documento cita 59 pessoas e 12 entidades que apoiariam grupos extremistas islâmicos.

Os quatro países árabes romperam as relações diplomáticas com o Catar na segunda-feira. Fronteiras foram fechadas e voos cancelados sob o argumento de que o emirado do Golfo apoia e financia terroristas na região.

A lista inclui 18 cidadãos do Catar, Egito, Kuwait, Bahrein e Líbia. O líder espiritual da Irmandade Muçulmana, Yousef al-Qaradawi, está entre os citados. Organizações de caridades também são acusadas de manter conexão com grupos terroristas.

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"Essa lista está ligada ao Catar e serve a agendas suspeitas numa indicação da dualidade das políticas do Catar", diz o comunicado. "Não seremos lenientes em procurar os suspeitos."

O Catar ainda não se manifestou sobre a lista. Anteriormente, o governo do país tinha afirmado que não se renderia a influências externas.

"O balanço final é de que hoje o governo do Catar tem uma decisão a fazer. Ele pode finalmente se distanciar das políticas destrutivas que têm adotado e demonstrar verdadeira unidade e solidariedade com o GCC (Conselho de Cooperação do Golfo)", declarou o ministro de Estado dos Emirados Árabes Unidos, Ahmed Al-Jaber.

Iêmen e Jordânia também decidiram cortar relações diplomáticas com o Catar. A justificativa oficial para a ruptura é que Catar apoiaria o terrorismo do "Estado Islâmico" (EI), da Irmandade Muçulmana e do grupo radical palestino Hamas, assim como de grupos extremistas na região de Qatif, no leste da Arábia Saudita, e no Bahrein.

A motivação central, no entanto, não parece ser tanto o terrorismo, mas as relações entre Doha e Teerã. Na terça-feira, o chanceler do Catar declarou na emissora Al Jazeera que rechaça qualquer tipo de ingerência por outros países do Golfo, embora não deseje uma escalada da atual crise. Além dos Estados Unidos, também o Kuwait se ofereceu para mediar o conflito.

KG/afp/dpa/rtr