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Apoio de Marina pode fazer diferença no segundo turno

Rafael Plaisant6 de outubro de 2014

Expectativa é de que candidata do PSB, terceira colocada, se declare a favor de um dos dois candidatos finalistas, possivelmente Aécio. Em 2010, em cenário similar, ela optou pela neutralidade.

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Foto: Reuters/P. Whitaker

Terceira colocada com cerca de 21% dos votos, a candidata do PSB, Marina Silva, será decisiva no segundo turno, mesmo estando fora dele. Uma declaração de apoio pode pesar a balança dos votos para o lado de Aécio Neves (PSDB) ou de Dilma Rousseff (PT).

Uma decisão deve ser anunciada apenas nos próximos dias. Mas, segundo o colunista Ricardo Noblat, do jornal O Globo, Marina já teria se decidido por apoiar Aécio, segundo colocado, com 34% dos votos, sete pontos percentuais atrás de Dilma. Na primeira declaração após o resultado do primeiro turno, ela evitou externar o seu apoio.

Na eleições de 2010, Marina, então candidata do Partido Verde, teve também cerca de 20% dos votos e ficou em terceiro lugar. No segundo turno, porém, optou pela neutralidade, não apoiando nem Dilma nem o então candidato José Serra (PSDB).

O apoio a Aécio neste ano aconteceria apesar de o tucano ter optado, assim como Dilma, por ataques sistemáticos a Marina, que chegou a aparecer em empate técnico com a presidente em pesquisas de intenção de voto.

Apoiar a campanha do PSDB no segundo turno seria um risco calculado, segundo analistas políticos. Optar pela neutralidade poderia relegar Marina a um segundo plano na cena eleitoral brasileira.

Além disso, entre Aécio e Dilma, é o tucano que tem programa de governo mais parecido com o de Marina, com defesas da manutenção das políticas sociais petistas e elogios à política econômica do governo Fernando Henrique Cardoso.

Independentemente da declaração pública de intenções de Marina, é possível que seus eleitores se dividam entre PT e PSDB no segundo turno.

Com um histórico de militância petista, é possível que Marina tenha atraído, no primeiro turno, parte dos eleitores de esquerda, que poderiam agora migrar para Dilma. Mas, como ela é uma adversária política da presidente, uma dissidente do PT e hoje nome forte da oposição, é também provável que boa parte dos seus eleitores fique agora com Aécio.

Observadores não descartam, ainda, que a decisão sobre quem apoiar no segundo turno se alongue diante de um eventual racha dentro do PSB, dividido entre Aécio e Dilma. Em todo caso, a expectativa é de que a palavra final seja de Marina.