Metas da Anistia Internacional
30 de outubro de 2009Monika Lüke, desde julho último secretária-geral da divisão alemã da Anistia Internacional (AI), falou à Deutsche Welle sobre as metas da organização, tanto na Alemanha como no âmbito internacional.
Fundada em 1961, a organização que luta pelos direitos humanos no mundo mantém sua quarta maior seção na Alemanha, com 700 grupos e 100 mil integrantes. Um total de 2,2 milhões de pessoas apoia a AI em todo mundo.
Lüke destacou que os temas principais nos próximos tempos serão os direitos humanos em sua relação à pobreza, e o seu cumprimento na luta contra o terrorismo. No tocante ao primeiro tópico, um dos problemas mais graves e urgentes é, segundo Lüke, o despejo de pessoas pobres que moram sob circunstâncias precárias.
Atualmente, cerca de 1 bilhão de pessoas habitam favelas. Por não disporem de documentos de propriedade, frequentemente bairros inteiros são despejados da noite para o dia, segundo ela. Outro aspecto importante nessa questão é o combate à mortalidade materna, principalmente na África, acrescentou.
Guantánamo e refugiados
A AI também quer continuar observando a abolição de campos de prisioneiros como o de Guantánamo. A organização vai exigir do novo governo alemão que receba prisioneiros dessa prisão em Cuba, para assim pressionar os norte-americanos a fechá-la.
Na Alemanha e na Europa, a Anistia Internacional vai se concentrar na política para refugiados e de asilo político. Segundo a secretária-geral, será importante que os países europeus cheguem a um acordo para distribuir melhor entre si os que necessitam de acolhimento.
Ademais, Lüke explicou que a AI se vê como um órgão para denunciar violações dos direitos humanos. Ela enfatizou que a organização trabalha com muitas fontes e canais, e que veracidade será sempre mais importante do que agilidade.
Autor: Manuel Neumann
Revisão: Augusto Valente