1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Amazon oferece concessões para escapar de punição da UE

14 de julho de 2022

Gigante americana do varejo online tenta se livrar de multa bilionária no bloco europeu por abuso de poder e promete tratar de forma mais justa comerciantes rivais que vendem através de seu site.

https://p.dw.com/p/4E8fm
Celular com logo da Amazon. No fundo, a bandeira da UE.
Investigações da UE integram esforços do bloco para conter o poder das grandes empresas de tecnologiaFoto: Pavlo Gonchar/SOPA/ZUMA/picture alliance

Buscando encerrar duas investigações antitruste na União Europeia, a Amazon prometeu tratar de forma justa os comerciantes terceiros em seu site, disse o órgão de fiscalização da competição do bloco nesta quinta-feira (14/07).

A gigante americana do varejo online ofereceu implementar uma série de medidas para aliviar as preocupações da concorrência, incluindo tratar os vendedores igualmente ao classificar suas ofertas em seu site. Eles também poderão escolher sua própria logística e empresa de serviços de entrega, em vez dos serviços de logística da Amazon.

A Comissão Europeia, principal agente antitruste do bloco de 27 países, decidiu que rivais e clientes têm até 9 de setembro para responder à proposta da Amazon, antes de o órgão definir se aceita a oferta e encerra seus dois inquéritos.

Multa de até 10% do faturamento global

A Amazon corre risco de multa de até 10% de seu faturamento global se for considerada culpada de violar as regras da UE. A empresa disse discordar de várias das conclusões da Comissão, mas comprometeu-se a cooperar construtivamente com o órgão de fiscalização de concorrência.

Em 2020, a Comissão Europeia acusou a Amazon de usar seu tamanho, poder e dados para incrementar a venda de seus próprios produtos e ganhar uma posição injusta de vantagem sobre os comerciantes rivais que vendem em sua plataforma online.

Quatro anos atrás, o Executivo da UE já lançara uma investigação sobre acusações de que a Amazon usa dados de comerciantes que vendem produtos em sua plataforma para obter uma vantagem injusta sobre eles.

Também abriu um inquérito separado sobre se a Amazon favorece seu próprio negócio e o de comerciantes que utilizam sua logística e seu sistema de entrega, em detrimento dos demais. As investigações fazem parte dos esforços mais amplos do bloco para conter o poder das grandes empresas de tecnologia.

No começo de julho, o órgão de fiscalização antitruste do Reino Unido abriu um inquérito semelhante envolvendo a Amazon, analisando as preocupações de que a varejista online esteja abusando de seu domínio para minar os rivais.

md/av (Reuters, AP)