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Primeira morte

8 de outubro de 2009

Vítima é uma mulher de 36 anos que tinha excesso de peso e sofria de diabetes. Confirmação da primeira morte coincide com o lançamento na Alemanha do sistema de alerta de gripes do Google.

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Vírus tipo A da gripe, incluindo o H1N1

A Alemanha registrou a primeira morte comprovada de uma pessoa infectada com o vírus da gripe suína. O vírus H1N1 foi detectado como causa da morte de uma mulher de 36 anos por vários testes clínicos, anunciou o hospital universitário de Essen nesta quinta-feira (08/10).

A paciente falecera em 25 de setembro passado de infecção pulmonar e falência múltipla de órgãos. Além do vírus da gripe suína, diversas bactérias resistentes foram detectadas na paciente, que sofria de excesso de peso. Os especialistas afirmaram que o vírus H1N1 abriu o caminho para as demais infecções.

Os médicos qualificaram a vítima fatal como uma paciente de risco, já que ela era diabética, fumante e pesava 180 quilos.

Google lança serviço de alerta de gripes

Na Alemanha, o anúncio da confirmação da primeira morte ocasionada pela nova gripe coincidiu com a introdução do sistema de alerta contra gripes do Google. Através do serviço Google Grippe-Trends, a empresa de tecnologia passa a monitorar, após uma fase de testes nos EUA, as tendências de gripe na Alemanha e em 18 outros países.

Tosse, coriza, dor de cabeça – o Google constatou que, quando muitas pessoas digitam palavras como essas no seu buscador, uma onda de gripe se anuncia.

"Nós podemos prever com uma ou duas semanas de antecedência se uma onda de gripe está se formando", afirmou o porta-voz do Google, Stefan Keuchel, nesta quinta-feira em Hamburgo. Médicos e autoridades sanitárias podem então ser alertados antecipadamente.

O sistema de alerta se baseia na suposição de que, antes de ir ao médico, os pacientes se informam online sobre suas moléstias.

Screenshot der Seite Google Grippe Trends
Screenshot do 'Google Flu Trends': evolução da gripe no mundoFoto: www.google.org

Com vista à fundamentação científica do sistema de alerta, o Google verificou quais conceitos foram digitados pelos usuários no passado, quando houve a disseminação de uma gripe, explicou o porta-voz. Para tal, a empresa lançou mão de informações do Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC).

Enquanto nos EUA o Google discrimina os prognósticos para cada um dos estados norte-americanos, na Alemanha está à disposição somente um indicador para o país.

O Google Grippe-Trends não é um "produto para consumidor final", disse Keuchel. Apesar disso, a empresa se mostrou interessada em utilizar dados de autoridades locais para elaborar prognósticos para regiões menores.

"Braço filantrópico do Google"

Nos Estados Unidos, o Google disponibiliza o serviço desde novembro de 2008 sob o nome de Google Flu Trends. Especialistas consideram positivo seu grau de exatidão.

O porta-voz do Google afirmou que não se pretende substituir sistemas de prognósticos existentes. "O serviço é uma oferta complementar para médicos e autoridades sanitárias", disse Keuchel.

O serviço não é comercial, mas estão sendo planejados espaços de marketing no entorno dos mapas, informou a empresa. Os custos são arcados pelo Google.org, uma organização que a empresa chama de "braço filantrópico do Google".

CA/dpa/ap

Revisão: Alexandre Schossler