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Alemanha enviará 2,4 mil soldados ao Líbano

13 de setembro de 2006
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Merkel acompanhada pelos ministros da Defesa, Franz Josef Jung (e), e do Exterior, Frank Walter Steinmeier (d)Foto: AP

Pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha enviará soldados ao Oriente Médio, em proximidade direta com Israel. A chanceler federal Angela Merkel caracterizou como um fato de "dimensão histórica" a decisão tomada pelo gabinete de governo nesta quarta-feira (13/09) de enviar até 2,4 mil soldados alemães para guardar a costa libanesa.

O gabinete confirmou também o prolongamento por um ano da participação de 3 mil soldados alemães nas tropas internacionais Isaf no Afeganistão. Os soldados, no entanto, continuarão não atuando na porção sul do país, onde os conflitos são mais intensos. Apesar da crítica das bancadas liberal e de esquerda, a aprovação pelo Parlamento é tida como certa.

Libanon Bundeswehr Kabinett Franz Josef Jung Angela Merkel Frank-Walter Steinmeier
Merkel acompanhada pelos ministros da Defesa, Franz Josef Jung (e), e do Exterior, Frank Walter Steinmeier (d)Foto: AP

Merkel justificou a participação alemã com a "responsabilidade especial pelo direito de existência de Israel" e a necessidade de se encontrar uma "solução a longo prazo para a região".

Para o ministro alemão das Relações Exteriores, Frank Walter Steinmeier, a comunidade internacional deve agora cumprir suas promessas, pois sua credibilidade está em jogo.

Se a missão for aprovada pelo Parlamento na próxima quarta-feira (20/09), as unidades da Marinha alemã poderão estar já no começo de outubro no Mediterrâneo, com objetivo de impedir o fornecimento de armas ao Hisbolá pela via marinha. Além disso, cerca de 100 soldados das Forças Armadas Alemãs (Bundeswehr) ajudarão a treinar parte do exército libanês.

A missão no Líbano tem fim previsto para agosto de 2007 e custará à Alemanha 193 milhões de euros. A Marinha alemã poderá atuar livremente na costa libanesa, não tendo o exército libanês nenhum direito de veto. Já a missão no Afeganistão custará à Alemanha outros 450 milhões de euros.