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Recorde de emprego

2 de janeiro de 2012

No ano passado, a Alemanha apresentou o número mais alto de empregados desde a reunificação do país. Pesquisa constatou que consumidores alemães continuam otimistas, apesar da crise que afeta a Europa.

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Economia alemã continua a zombar da criseFoto: dapd

A Alemanha encerrou 2011 quebrando seu recorde de emprego desde a reunificação do país, em 1990. Segundo dados divulgados pelo Departamento Federal de Estatísticas (Destatis), sediado em Wiesbaden, na maior economia europeia um total de 41,04 milhões de pessoas estavam empregadas no ano passado, 535 mil a mais que 2010. A taxa de emprego subiu, assim, 1,3%.

"Essa dinâmica positiva está ligada ao crescimento econômico dos últimos dois anos, favorecida pelo fato de o número de pessoas empregadas em 2009 ter-se mantido estável, apesar do desaquecimento do desempenho econômico provocado pela crise", constatou o Destatis.

Especialistas preveem que essa tendência continua neste ano, mas advertem que será menos acentuada devido à esperada desaceleração da economia. Segundo o prestigiado instituto alemão de estudos econômicos Ifo, de Munique, a cifra de empregados deverá subir para 41,27 milhões, e segundo o instituto RWI, de Essen, para 41,24 milhões.

O produto interno bruto (PIB) da Alemanha cresceu cerca de 3% em 2011, mas a maioria dos economistas avalia que este ano o país terá um crescimento em torno de apenas 0,5%

Consumidores e trabalhadores otimistas

A maioria dos alemães não sente a crise europeia na vida cotidiana. Segundo uma pesquisa da agência de consultoria econômica Ernst & Young, quase 90% de um total de 2 mil consumidores entrevistados consideram seguro o seu posto de trabalho, enquanto nos anos 2008 e 2009, um em cada cinco alemães temia perder o emprego. "Os consumidores na Alemanha estão resistindo bravamente contra previsões econômicas lúgubres”, avaliou Thomas Harms, diretor de pesquisa da Ernst & Young.

Deutschland Wirtschaft Aufschwung Einzelhandel Königsallee in Düsseldorf
Consumidores alemães ignoram previsões sombriasFoto: dapd

A avaliação da situação financeira pessoal também reflete bem o atual otimismo dos alemães: cerca de 37% dos consumidores entrevistados a consideraram positiva, 51% classificaram-na como "igual à de antes". Apenas 12% se queixaram de uma situação financeira ruim. Para os próximos meses a maioria dos entrevistados espera ter uma renda familiar constante.

Segundo estimativas da Agência Federal do Trabalho (BA) a situação econômica estável na Alemanha faz com que as empresas continuem contratando pessoal, principalmente trabalhadores temporários, os quais, segundo a BA, compõem um terço dos postos de trabalho atuais.

O boom no mercado de trabalho beneficiou todos os setores econômicos, e a mudança estrutural do mercado de trabalho na Alemanha continua. Nos últimos 20 anos, a indústria tem se tornado menos relevante em relação ao emprego dos alemães. O setor ocupava em 2011 apenas 18,7 % de todos os trabalhadores, quase dez pontos percentuais a menos que em 1991, quando 28,5% deles estavam a serviço da indústria. A participação do setor de serviços no total de empregados, no entanto, subiu de 60,9% em 1991 para 73,8% no ano passado.

MD/dpa/dapd
Revisão: Augusto Valente