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Alemanha ajudará a reconstruir kibutz destruído pelo Hamas

27 de novembro de 2023

Presidente alemão visita comunidade judaica atacada pelo Hamas em 7 de outubro e promete envio de ajuda financeira. Local foi quase totalmente destruído no atentado em que morreram 130 habitantes.

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De colete a prova de balas, Herzog e Steinmeier inspecionam um prédio danificado
Presidentes de Israel, Isaac Herzog, e da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, durante visita ao kibutz Be'eri, uma das comunidades atacadas pelo Hamas em 7 de outubroFoto: Ronen Zvulun/AP Photo/picture alliance

O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, anunciou nesta segunda-feira (27/11) em visita a Israel que seu país vai apoiar financeiramente a reconstrução de comunidades israelenses destruídas nos ataques de 7 de outubro pelo grupo radical islâmico Hamas.

Steinmeier afirmou que a Alemanha enviará no próximo ano 7 milhões de euros (cerca de R$ 37,5 milhões) para os esforços de reconstrução. O presidente alemão fez o anúncio durante uma visita ao kibutz Be'eri, uma das comunidades judaicas que foram violentamente atacadas pelo Hamas. Kibutzim são comunidades agrícolas com administração coletiva.

Cofundado por judeus alemães, o kibutz Be'eri foi quase totalmente destruído nos ataques. Mais de 130 dos cerca de 1,3 mil habitantes foram mortos e mais de 50 pessoas foram sequestradas pelo Hamas. Os sobreviventes foram acomodados em uma comunidade no Mar Negro.

Os recursos serão utilizados para a reconstrução de um centro cultural e de um local de encontro de idosos no kibutz, localizado a poucos quilômetros da fronteira com a Faixa de Gaza, além de uma galeria de artes. Segundo o presidente, jovens alemães aprendizes em construção civil poderão ajudar nas obras.

Steinmeier destacou que, apesar de ainda ser cedo para falar em reconstrução, muitos dos moradores que deixaram a comunidade após o ataque já expressaram o desejo de retornar. "Be'eri e vários outros kibutzim merecem estar não apenas na história de Israel, mas, acima de tudo, serem parte do futuro de Israel", afirmou.

Em 7 de outubro, combatentes do grupo radical islâmico Hamas cruzaram a fronteira da Faixa de Gaza com Israel e mataram 1,2 mil pessoas, sequestrando cerca de 240, segundo números do governo israelense. O ataque deu início ao atual conflito na Faixa de Gaza.

Steinmeier e Herzog vistoriam área destruída, ao lado de outras pessoas
Steinmeier disse que muitos dos moradores que deixaram a comunidade já expressaram o desejo de retornarFoto: Bernd von Jutrczenka/dpa/picture alliance

"Estar aqui é completamente diferente"

O presidente de Israel, Isaac Herzog, disse que essas comunidades voltarão a florescer no futuro e agradeceu Steinmeier e sua esposa, Elke Büdenbender, pela visita e pela "determinação no apoio ao povo de Israel".

Os dois chefes de Estado realizaram a visita ao kibutz em meio a um grande aparato de segurança. Ambos utilizaram coletes à prova de balas.

"Tínhamos uma ideia da brutalidade com a qual o Hamas agiu aqui, mas estar aqui neste lugar é algo completamente diferente", disse Steinmeier, demonstrando consternação.

Steinmeier também visitou o hospital Augusta Victoria, em Jerusalém Oriental, que foi fundado por alemães na época imperial. Ele prometeu enviar um milhão de euros ao local no próximo ano. "Esperamos que essa ajuda chegue até os doentes e os que recebem tratamento."

O presidente alemão realiza uma série de viagens oficiais pela região. Após chegar em Israel neste domingo, ele se reuniu com famílias de pessoas sequestradas e mortas pelo Hamas.

Ao lado de Herzog, no domingo, Steinmerier disse que Israel "luta por sua existência" e "tem o direito de se defender", mas ponderou que ação militar na Faixa de Gaza deve poupar a população civil e respeitar o direito humanitário internacional. 

Nesta terça-feira, ele visitará Omã a convite do sultão Haitham bin Tarik Al Said. No dia seguinte, o presidente participará de um encontro político em Doha ao lado do emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thani.

rc/le (DPA, KNA)