A seleção da Copa segundo a DW Brasil
14 de julho de 2014Apito final na Copa do Mundo de 2014. A Alemanha se tornou tetracampeã mundial vencendo a Argentina, por 1 a 0, neste domingo (13/07), no Maracanã.
Com o empate recorde de 171 gols da Copa de 1998, o Mundial do Brasil se despede com belas partidas, muita emoção e grandes apresentações de seus craques.
A DW Brasil elegeu a seleção da Copa – com 11 titulares e cinco reservas – e escalou a equipe no esquema tático mais usado neste Mundial: 4-2-3-1.
Goleiro:
Manuel Neuer – Alemanha – Bayer de Munique
Manuel Neuer não é o goleiro menos vazado da Copa. Com quatro gols sofridos (dois contra Gana, um contra a Argélia e outro do Brasil), o goleiro alemão está nesse quesito atrás apenas de Keylor Navas, da Costa Rica; Guillermo Ochoa, do México; Hugo Lloris, da França; e Thibaut Courtois, da Bélgica. Mas Neuer tem a ótima estatística de 86,2% de bolas defendidas que acertaram o alvo alemão. Além disso, com 19 toques na bola fora da grande área contra a Argélia, ele mostrou que é um goleiro moderno.
Lateral-direito:
Philipp Lahm – Alemanha – Bayern de Munique
O capitão da seleção alemã começou a Copa como volante, assim como Pep Guardiola o escala no Bayern de Munique. Mas depois de uma exibição pouco consistente contra Gana, o treinador Joachim Löw recolocou Lahm na lateral e formou o meio-campo com Sami Khedira e Bastian Schweinsteiger. Funcionou. Com 86,3% de acerto de passe, Lahm é líder nesse fundamento no torneio e uma boa válvula de escape para a saída de bola. Aos 30 anos de idade, ele mostrou que ainda tem fôlego para correr até a linha de fundo.
Zagueiro-central:
Stefan De Vrij – Holanda – Feyenoord Rotterdam
A jovem e inexperiente defesa da seleção da Holanda foi, em si, uma grata surpresa nesta Copa. Nas sete partidas disputas, a Oranje sofreu apenas quatro gols, sendo dois deles contra a Austrália. Quando enfrentou adversários mais gabaritados, como a campeã mundial Espanha, o Chile, a Argentina ou até mesmo o Brasil, a defesa holandesa soube suportar bem a responsabilidade. O grande responsável pelo grande desempenho foi Stefan De Vrij. Com 58 bolas recuperadas, o zagueiro de 22 anos, que ainda joga no futebol holandês, é líder nesse quesito no Mundial. E contra a Espanha ainda marcou um gol.
Quarto-zagueiro:
Mats Hummels – Alemanha – Borussia Dortmund
Com dois marcados, Mats Hummels foi o zagueiro – ao lado do brasileiro David Luiz – com mais gols na Copa. E um deles muito importante: o único gol alemão contra a França, pelas quartas de final. A importância do zagueiro do Borussia Dortmund foi sentida em sua ausência por conta de uma gripe contra a Argélia, quando a defesa alemã sofreu com o mau posicionamento e excesso de espaços. Além disso, Hummels tem entre suas principais qualidades a habilidade de fazer longos lançamentos e inversões de jogada.
Lateral-esquerdo:
Daley Blind – Holanda – Ajax Amsterdam
O autor do segundo gol holandês contra a seleção brasileira na disputa pelo terceiro lugar chamou a atenção desde o início da Copa. Na estreia contra a Espanha, Blind deu a assistência milimétrica para o golaço, de peixinho, de Robin van Persie. No decorrer da competição, Blind atuou como lateral, volante e meio-campista – e sempre de forma bastante regular.
Primeiro-volante:
Javier Mascherano – Argentina – Barcelona
O volante argentino provou no torneio que ele é muito mais do que o defensor rústico, e algumas vezes violento, que passou pelo Corinthians e pelo futebol inglês. Na Albiceleste ele é foi dono do meio-campo, determinou o ritmo do jogo argentino e continuou dando os seus carrinhos providenciais – como aquele contra Arjen Robben, no último lance do tempo normal contra a Holanda. Em seis partidas, Mascherano fez apenas sete faltas, mas recuperou 49 bolas e tem 85,6% de acerto de passe.
Segundo-volante:
Toni Kroos – Alemanha – Bayern de Munique
Com quatro gols e duas assistências, Toni Kroos finalmente saiu da sombra de Schweinsteiger e Lahm, e resolveu brilhar. E justamente na Copa do Mundo. A atuação do meia foi tão consistente que o Real Madrid tratou de garantir os seus serviços para a próxima temporada. A precisão de Kroos nas bolas paradas foi acima da média e, graças a ele, cobranças de falta e escanteios se tornaram uma arma letal da Alemanha. Que o digam França e Brasil.
Meia central:
James Rodríguez – Colômbia – AS Monaco
Artilheiro da Copa do Mundo com 23 anos de idade e autor de uma dos gols mais bonitos do torneio – o primeiro contra o Uruguai, James Rodríguez, assim como a seleção colombiana, encantou os fãs do futebol bonito. Além dos seis gols, James deu duas assistências – sempre regados a muito "Armeration", a dancinha colombiana para comemorar os gols da seleção. A dinâmica e a leitura de jogo de James Rodríguez o colocaram no radar dos grandes clubes europeus.
Meia na esquerda:
Lionel Messi - Argentina - Barcelona
Mesmo sem termarcado um gol sequer na fase de mata-mata, Lionel Messi foi o terceiro na artilharia do Mundial e foi eleito o melhor do torneio. Messi, sem dúvida, foi um dos principais responsáveis por recolocar a seleção argentina na final da Copas, depois de 24 anos. Com quatro gols, uma assistência e incríveis 34 jogadas individuais entrando na grande área, "La Pulga" finalmente fez um bom Mundial, mas seguiu sem levantar a taça. Ao menos a Bola de Ouro ficou com o argentino.
Meia na direita:
Arjen Robben - Holanda - Bayern de Munique
O holandês voador Arjen Robben foi a principal peça da campanha holandesa no Mundial. Com velocidade, dribles e três gols, Robben levou a Holanda até a terceira colocação. Criticado por simular faltas, o holandês foi o terceiro jogador mais caçado na Copa, atrás apenas de Neymar e do chileno Alexi Sánchez.
Atacante:
Thomas Müller - Alemanha - Bayern de Munique
Artilheiro da última Copa, Thomas Müller repetiu os cinco gols no Brasil e alcançou a marca inédita de conseguir repetir o número de gols de um Mundial no torneio seguinte. O sistema de jogo alemão exigia uma rotatividade e, muito por isso, Müller foi o jogador que mais correu na competição: 34,5 km em sete partidas. Miroslav Klose pode ter quebrado o recorde de gols em Mundiais, mas Müller, com apenas 24 anos de idade, já soma dez gols e ainda tem muita lenha para queimar.
Goleiro reserva:
Sergio Romero - Argentina - AS Monaco
Reserva durante a maior parte da temporada no clube francês Monaco, Romero quebrou a estigma de goleiros inseguros na meta argentina. Sergio Romero sofreu apenas quatro gols no torneio e o gol de Mario Götze, na final, foi o único sofrido durante a fase de mata-mata. Romero ainda defendeu duas cobranças de pênalti na semifinal, garantindo assim a quinta final de Copa para a Argentina.
Zagueiro reserva:
Ezequiel Garay - Argentina - Zenit St. Petersburg
Antes do torneio, o poderio ofensivo da Argentina era tido como a grande força da equipe. Mas Higuaín, Agüero e Lavezzi não corresponderam. Já a defesa argentina, um dos pontos criticados pela imprensa do país – também pela convocação do veterano Martín Demichelis –se tornou o ponto forte do time. No final sofreu menos gols que a seleção campeã da Alemanha. Muito graças ao xerife Ezequiel Garay, que recuperou 52 bolas no torneio e dificultou muito a vida de adversários do calibre de Robben, Müller, Dzeko e Van Persie.
Zagueiro reserva:
Daniel van Buyten - Bélgica - Bayern de Munique
Com 36 anos de idade, Daniel van Buyten jogou todos os minutos e cometeu apenas três faltas no torneio. O fato de a Bélgica ter sofrido apenas três gols na Copa vai de encontro com o ótimo goleiro Thibaut Courtois, mas também à experiência de Van Buyten. Nas quartas de final contra a Argentina, o zagueiro chegou a atuar até de centroavante.
Meio-campo reserva:
Bastian Schweinsteiger - Alemanha - Bayern de Munique
Ele começou a preparação sentindo dores no tornozelo. Começou a Copa do Mundo no banco. Mas quando teve a chance, forçou o treinador Joachim Löw a colocar Philipp Lahm de volta na lateral. Schweinsteiger se mostrou essencial no meio-campo alemão. Brigador, não foge de nenhuma dividida. Contra o Brasil foi caçado em campo e na final chegou a ter um corte no rosto.
Atacante reserva:
Neymar - Brasil - Barcelona
Enquanto esteve com condições de jogo, a seleção brasileira estava invicta no Mundial. Depois que ele fraturou uma parte da terceira vértebra lombar, o Brasil sofreu dez gols em dois jogos e passou vergonha em campo. A importância de Neymar para a Seleção é gigantesca: na era Felipão, ele é responsável por 43% dos gols. Na Copa, ele marcou quatro gols e levou a Chuteira de Bronze.