A devastação das chuvas no Rio Grande do Sul
Enchentes mataram dezenas e obrigaram milhares a abandonar suas casas. Governador do estado, Eduardo Leite, fala em "catástrofe histórica".
Telhados
Em algumas localidades só os telhados das casas ainda podem ser vistos fora da água. Tempestades severas estão ocorrendo na região desde segunda-feira, causando grandes inundações. Mais de 30 pessoas já morreram nas enchentes. Acredita-se que em torno de 60 estejam desaparecidas. Por isso, é possível que número de óbitos aumente.
Calamidade pública
A chuva forte inundou regiões inteiras e cerca de 150 mil pessoas tiveram que deixar suas casas. Além disso, segundo relatos, cerca de 320 mil casas ficaram sem eletricidade e mais de meio milhão de residências estão sem abastecimento de água potável. O governo do Rio Grande do Sul declarou estado de calamidade pública.
Desastre histórico
O desespero está estampado no rosto desta moradora da região, que leva dois gatos resgatados das águas. "Infelizmente, este será o maior desastre que nosso estado já enfrentou", disse o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e apelou para que a população deixe as áreas de risco e busque lugares seguros.
Lula promete estar "100% à disposição" do RS
Na quinta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou a área do desastre, acompanhado de uma comitiva de ministros. Juntamente com o governador Eduardo Leite, ele participou de uma reunião de coordenação para as operações de resgate e prometeu ajudar a população afetada, afirmando que o governo federal "está 100% à disposição" do Rio Grande do Sul.
Entraves para ajuda
Em muitos lugares, a chegada de ajuda encontra entraves: muitas estradas estão inundadas e estão ocorrendo deslizamentos de terra nas regiões montanhosas. Na quinta-feira, uma barragem se rompeu parcialmente. Mais de 100 comunidades foram afetadas pelo desastre, especialmente no Vale do Taquari.
Localidades isoladas
Diversas localidades ficaram isoladas do mundo exterior. As rodovias estão parcialmente intransitáveis e, devido à baixa visibilidade, nenhum voo com suprimentos de socorro pôde decolar para determinadas áreas desde terça-feira. Além disso, a comunicação muitas vezes não é possível, pois as conexões telefônicas e de internet também foram interrompidas.
Salvamento pelo ar
Militares também estão envolvidos nas operações de resgate. O Ministério da Defesa mobilizou mais de 600 integrantes das Forças Armadas, além de mais de 10 embarcações e cinco helicópteros. Os soldados também estão ajudando a limpar as estradas, distribuir suprimentos e montar abrigos de emergência.
Resgate por embarcações
Em várias localidades, moradores e seus animais de estimação foram resgatados em barcos. É incerto se eles poderão retornar às suas casas. Segundo informou a Defesa Civil nesta sexta-feira (03/05), 4,6 mil pessoas foram resgatadas no Rio Grande do Sul.
Consequência das mudanças climáticas
Lula enfatizou que as enchentes são consequência das mudanças climáticas. Nos últimos meses, o Brasil tem sofrido repetidamente com ondas de calor e chuvas fortes. O aquecimento global está fazendo com que esses eventos climáticos extremos ocorram com mais frequência e intensidade.