A alegria da delegação alemã em Atenas

Quando a delegação alemã entrou no Estádio Olímpico de Atenas o clima era de felicidade total. A alegria estampada no rosto dos 453 atletas que representam a Alemanha nestas Olimpíadas era contagiante. Em nada faziam jus à fama de um povo sisudo e comportado. Vestidos com roupas condizentes com o calorento verão grego, os alemães eram pura simpatia.

Eles fizeram gracinhas, distribuíram sorrisos e andaram sem se preocupar muito com a ordem. Alguns até, mandaram beijinhos e acenaram para as câmeras de TV, ou seja, para o mundo. Na platéia, o presidente da Alemanha, Horst Köhler, acompanhou o desfile com o mesmo espírito descontraído.

De volta às origens

A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Atenas 2004, na noite desta sexta-feira (13/08) teve início com uma tocha lançada ao ar e que, ao cair, incendiou os cinco anéis olímpicos dispostos dentro de um lago artificial. A cena foi acompanhada ao vivo por 74 mil pessoas que lotaram a platéia do Estádio Olímpico da capital grega e por mais 4 bilhões de telespectadores em todo o mundo.

Um evento superlativo que acontece a cada quatro anos. Esta 28ª edição, entretanto, tem um significado especial: os Jogos Olímpicos retornam à Grécia, seu lugar de origem. Exatamente por isso o show de abertura não poderia ter outra temática. O público acompanhou uma viagem pela história da Humanidade, passando pela Grécia Antiga, Mitologia sem esquecer, é claro, das modalidades esportivas.

Outro ponto alto da noite foi o desfile das delegações de 202 países. No total, mais de 10.500 atletas participarão de 301 competições. À medida que eles iam entrando, o estádio ficava mais colorido, efeito dos diferentes trajes e acessórios de cada país. Neste momento ficou evidente que a festa não era apenas um espetáculo para quem assiste, mas também – e especialmente – uma emoção singular para os que participam.

A grandiosa cerimônia de abertura dos Jogos teve seu ápice quando o campeão grego de Surf Nikos Kaklamanakis acendeu a Pira Olímpica com a tocha que percorreu 78 mil quilômetros por 26 países dos cinco continentes.

Uma homenagem merecida

O porta-bandeira da delegação alemã foi o cavaleiro Ludger Beerbaum, 40 anos, um dos atletas mais ilustres do país. Sua escolha foi uma homenagem merecida. Ele coleciona uma série de vitórias no Hipismo e liderou por um bom tempo o ranking mundial, hoje ocupado por seu conterrâneo Markus Ehnning.

Beerbaum, que já recebeu o título de Cavaleiro Top do Mundo, participou de quatro Olimpíadas, entre 1988 e 2000, e em cada uma delas conquistou medalha de ouro. Não é à toa que ele é um dos favoritos este ano e esperança de medalha para a Alemanha.