1986: Inaugurado prédio do Museu Ludwig
Publicado 6 de setembro de 2014Última atualização 6 de setembro de 2020O Museu Ludwig tem em seu acervo obras que vão do impressionismo à arte contemporânea. Um ponto forte é a grande coleção de arte pop, que inclui trabalhos de Andy Warhol, Jasper Johns e Roy Lichtenstein. O acervo é baseado nas aquisições do empresário Peter Ludwig.
Dono de uma fábrica de chocolate e patrono do museu, Ludwig reuniu uma das maiores coleções de arte particulares no mundo, estimada em 20 mil peças. Embora a catedral gótica seja o indiscutível símbolo de Colônia, às margens do Rio Reno, são raros os cartões postais da cidade no extremo oeste da Alemanha onde não se veja esse prédio moderno, com o inconfundível telhado de zinco em forma de ziguezague.
Embora o Museu Ludwig existisse desde 1976, sua nova sede moderna foi inaugurada dez anos depois. A inauguração do prédio gerou polêmica na cidade, não só por seus custos de mais de 270 milhões de marcos, como também pelo fato de a fachada de tijolos e a construção do telhado "mais lembrarem uma fábrica".
Vidros propiciam interatividade
O ex-diretor Jochen Poetter explica que a arquitetura do museu respeita um ritmo próprio. Uma de suas características é a enorme escadaria, banhada pela luz natural proveniente da grande quantidade de vidros nas paredes. Ao mesmo tempo em que se observa as obras expostas, pode-se ver o movimento das pessoas fora do prédio. "Este clima de interatividade e a luz deixam a arte ainda mais linda", destaca Poetter.
A coleção do empresário Peter Ludwig havia sido emprestada ao Museu Wallraf-Richartz de Colônia em 1969. Em 1976, ele doou o acervo, com a condição de que fosse criado um museu especialmente para a arte moderna, com administração própria e que levasse seu nome. Já nesta época estava claro que não haveria espaço para os dois museus no mesmo prédio.
O projeto vencedor do concurso para o novo museu foi apresentado pelos arquitetos Peter Busmann e Gottfried Haberer, ambos de Colônia. Hoje, a edificação abriga ainda a biblioteca do museu e a sala de concertos filarmônica da cidade.
Pouco antes de falecer, em julho de 1996, Peter Ludwig anunciou que doaria suas 774 obras de Picasso, desde que o Museu Wallraf-Richartz se mudasse para outro prédio, deixando os mais de 5 mil metros quadrados de área apenas para o Museu Ludwig, desejo que foi concretizado por sua viúva em novembro de 2001.