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História

2 de dezembro de 1925

Em 2 de dezembro de 1925, as mais importantes empresas químicas alemãs formaram o chamado Grupo de Interesses da Indústria de Tintas", com sede em Frankfurt. IG Farben terá papel decisivo no regime nazista.

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IG Farben ehemaliges Hauptgebäude Frankfurt
Antiga sede da IG Farben em Frankfurt hoje abriga universidadeFoto: picture-alliance/dpa

Durante o regime nazista (1933-1945), 350 mil pessoas foram submetidas a trabalhos forçados e pelo menos 20 mil morreram na fábrica do grupo de interesses IG Farben, construída em 1941, nas proximidades do campo de concentração de Auschwitz. Entre outras mercadorias, ela produzia as pastilhas de cianureto usadas nas câmaras de gás pelos nazistas.

Já no ano da fundação, a IG Farben tinha 37 fábricas e 91 postos de venda em território alemão, atingindo um lucro de 68 milhões de reichsmark (moeda alemã de 1924 a 1948). A multinacional fora criada para enfrentar a crescente concorrência estrangeira, principalmente de países que haviam sido importantes parceiros comerciais da Alemanha antes da Primeira Guerra Mundial.

Cartel na era nazista

A derrota na Primeira Guerra significara perdas drásticas para o setor químico alemão, no mercado externo. Nos Estados Unidos, na Inglaterra e França foram iniciadas campanhas pela criação de indústrias químicas nacionais. Até mesmo em países industrialmente menos desenvolvidos, como Espanha e Itália, surgiram empresas do ramo.

As lideranças empresariais alemãs acompanhavam atentamente o processo de formação de trustes nos Estados Unidos, que garantia um imenso poder às firmas norte-americanas.

Inicialmente, formaram-se associações isoladas, como a aliança entre a BASF, Bayer e AGFA, que já na Primeira Guerra Mundial fornecera gás tóxico para o exército alemão. Com o ingresso da Hoechst, Weeiler Ter Meer e Griesheim, surgiu um verdadeiro cartel, o maior conglomerado alemão da era nazista.

Demissão de diretores judeus

Em 1932, a IG Farben criou o Círculo de Amigos do Reichsführer SS e demitiu todos os diretores judeus. A empresa lucrou também com os preparativos de guerra do regime nazista. Em 1939, tinha 250 mil funcionários e produzia 43 tipos de materiais bélicos.

Ao fim da guerra, o grupo tinha participações em 244 empresas nacionais. Submetida ao controle dos Aliados, que confiscaram todos os bens alemães, a multinacional foi subdividida, no início dos anos 1950, em Bayer, BASF, Hoechst, Agfa Camerawerke e a assim chamada "IG Farben in Abwicklung" (em dissolução).

Gerda Gericke (gh)