1923: Primeiro Dia das Mães na Alemanha
Quando a mãe de Anne Jarvis morreu, em 9 de maio de 1905, a americana iniciou uma campanha pela instituição de um dia no calendário em homenagem às mães. Nove anos depois, o presidente Woodrow Wilson instituiu a data: o segundo domingo de maio passaria a ser reservado para homenagear as mães.
Sua popularidade se deu graças ao comércio e às iniciativas do Exército da Salvação, das Igrejas e da Sociedade Internacional do Dia das Mães. Anne Jarvis era contra a comercialização da data, a ponto de perder uma fortuna em processos contra vendedores de flores, chocolates e perfumes. Em vão: a data consagrou-se no comércio, e Jarvis morreu pobre, cega e sem filhos, num asilo na Filadélfia.
Seu idealismo perdeu para os fortes argumentos da "indústria do Dia das Mães": uma mistura de gratidão, consciência pesada e sentimentalismo. Muitos procuram desculpar-se por um ano de desleixo para com suas genitoras oferecendo caixas de bombons, buquês de flores, perfumes...
A ideia de Anne Jarvis foi herdada pelo mundo ocidental. Já nos calendários nos países do Leste Europeu, procurou-se em vão uma data em homenagem à trabalhadora.
Na Inglaterra, a data existe há mais de 300 anos. Um registro de 1644 indica que, todos os anos, no mesmo dia, mães e filhos iam comer bolo na casa das avós e lhe levavam presentes.
O Dia das Mães foi instituído na Alemanha em 1923. Foi um reconhecimento tardio às mulheres que haviam perdido os filhos nos campos de batalha da Primeira Guerra Mundial. Mais tarde, a data foi usada ao extremo pela propaganda nazista. Como precisava de soldados para sua máquina de guerra, Hitler condecorava as mães com grande número de filhos.
Atualmente, o Dia das Mães na Alemanha tem um forte sentido comercial, mas também de reconhecimento pelas crianças. A Igreja, as creches e as escolas aproveitam a data para homenagens em forma de trabalhos de pintura, colagem ou pequenas lembrancinhas feitas pelas crianças. Além disso, é tradição "surpreender" as mães com o café da manhã na cama.