1920: Termina monarquia húngara
A Primeira Guerra Mundial grassava na Europa. O imperador Carlos 1º, da Áustria, tentava preservar a dinastia dos Habsburgo de qualquer maneira – em vão. Em 11 de novembro de 1918, havia sido obrigado a renunciar ao trono austríaco. Mas, por se tratar do Império Austro-Húngaro, ele era também rei da Hungria, tendo sido coroado ainda antes do final da guerra.
Após a derrota na Primeira Guerra Mundial, a Hungria virou república em 16 de novembro de 1918. Alguns meses depois, em março de 1919, foi proclamada uma república comunista, inspirada no regime soviético, que durou apenas 133 dias. Cansado deste vai-e-vem, o povo pediu o retorno da monarquia. Nessa época, Carlos vivia no exílio na Suíça. O novo chefe de Estado, almirante Miklós Horthy, declarou o país monarquia, mas com o trono vago.
Fim do império
Atendendo aos apelos dos súditos, Carlos e a esposa, Zita, rumaram para Budapeste, onde foram recebidos de forma triunfal. O almirante Horthy, no poder, mandou prendê-los e os expulsou para o exílio na Ilha da Madeira. No dia 1º de março de 1920, o almirante declarou-se chefe de Estado. O império estava oficialmente morto.
Carlos jamais superou este episódio: ele faleceu no exílio em 1922, aos 35 anos de idade. Na Segunda Guerra Mundial, a Hungria aliou-se à Alemanha e foi tomada pelas tropas soviéticas, permanecendo um satélite comunista até o final da década de 1980. Depois da queda da Cortina de Ferro, o país sofreu uma completa reforma nas estruturas de governo, tornando-se uma democracia.