155 neonazistas são presos em marcha fracassada
7 de abril de 2002A polícia prendeu 155 neonazistas, em Leipzig, neste sábado (6), quando cerca de 1.300 radicais de direita de toda a Alemanha estavam concentrados na praça da estação de trem da cidade da ex-República Democrática Alemã (RDA), para iniciar uma marcha. Eles são acusados de violar as leis de reunião e de estupefacientes. Os neonazistas foram obrigados a desistir da marcha por causa do rigoroso e demorado controle a que foram submetidos por 4 mil policiais e também do protesto pacífico que reuniu mais de 6 mil pessoas.
Políticos de vários partidos, sindicalistas e social-democratas da cidade participaram do protesto contra a marcha dos neonazistas. Cerca de 800 manifestantes, qualificados pelo serviço secreto como predispostos à violência, concentraram-se na praça, mas desta vez a polícia conseguiu evitar os costumeiros confrontos entre grupos da direita e da esquerda radicais.
Depois dNeonazistas de toda a Alemanha fracassaram na tentativa de realizar uma marcha, em Leipzig, e 155 deles foram presos. Um protesto de massa e um controle policial sem precedente obrigaram os extremistas a desistir da manifestação. e enfrentarem o rigoroso controle policial, que durou várias horas, os neonazistas cancelaram sua marcha autorizada pela Justiça. Em seguida, eles foram acompanhados pela polícia até os trens ou bondes que os conduziriam de volta para os lugares onde moram.
No início do dia, a situação permaneceu relativamente tranqüila mas muito tensa. No centro de Leipzig foram quebradas algumas vidraças e a polícia efetuou várias prisões. O protesto contra a marcha dos neonazistas e um festival juvenil foram convocados por vários grupos políticos. O prefeito da cidade, Wolfgang Tiefensee, exortou a população a defender a "democracia ameaçada" e impedir que as idéias nazistas sejam propagadas pela Alemanha e a Europa.
Aproximadamente 400 motociclitas de toda a Alemanha acompanharam a manifestação contra a marcha anunciada. Os neonazistas tiveram como lema "contra a repressão, a violência de esquerda e pela liberdade de manifestação. Ainda somos nós quem controla o povo".
Na véspera, foi travada uma discussão sobre o lema "nós somos o povo". O prefeito Tiefensee, do Partido Social Democrático (SPD), quer proteger o lema como patente das mega manifestações de 1989, que culminaram com a derrubada do Muro de Berlim. Para os social-democratas de Leipzig, a posse do slogan pelos extremistas de direita é uma provocação e não condiz com a imagem da cidade.