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À espera do pior

rw12 de fevereiro de 2003

Embora o governo de Berlim seja contra uma agressão ao Iraque, estão em andamento os preparativos para proteger a população. Plano de emergência inclui sistemas de alarme e vacinas contra varíola.

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Bombeiro da cidade de Neuss e os veículos especiais enviados por BerlimFoto: AP

Está em andamento na Alemanha uma série de medidas para advertir e proteger a população civil no caso de um alerta de terror. O chamado "pacote antiterror" foi definido entre os estados e o governo federal logo depois dos atentados nos Estados Unidos de 11 de setembro de 2001.

Nesta semana, o Ministério do Interior mandou testar novos sistemas de alarme para avisar a população imediatamente em casos de emergência. Faz parte deste projeto, por exemplo, o acionamento de despertadores controlados por rádio a partir de um relógio central e o envio de mensagens pela internet ou por telefone celular.

Além disso, será criado um sinal sonoro característico para chamar a atenção de ouvintes e telespectadores antes de as emissoras iniciarem transmissões em cadeia para divulgar informações oficiais sobre a segurança nacional.

Para o reconhecimento imediato de substâncias nocivas, sejam químicas, atômicas ou biológicas, o governo federal colocou à disposição dos estados 340 veículos equipados com um sistema móvel que detecta e mede a quantidade de substâncias tóxicas presentes no ar ou na água.

Apresentação após o 11 de setembro

O sistema nacional de alarme rápido já havia sido inaugurado pelo ministro do Interior, Otto Schily, em outubro de 2001. O sistema, guiado por satélites, deve informar a população sobre catástrofes naturais ou ameaças de ataques terroristas, provenientes do ar e do solo.

Ele permite alertar os centros de proteção civil e órgãos de segurança de todo o país no espaço de 20 segundos, para que eles informem imediatamente os mais de 82 milhões de habitantes.

Para proteger a população de um eventual atentado químico, o Ministério da Saúde encomendou no último dia 7 mais 30 milhões de vacinas contra varíola, completando o lote previsto de 100 milhões estocados até o final deste ano.

Na Europa, também a Espanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Bélgica e Holanda estão se prevenindo para a eventualidade de uma ameaça com contaminação biológica.

A Organização Mundial da Saúde declarou a varíola completamente erradicada em 1980, mas laboratórios russos e norte-americanos ainda dispõem do vírus que causa a doença. Também o Iraque estaria em poder do agente, segundo os serviços secretos das grandes potências, e poderia empregá-lo se se sentisse acuado.