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Zâmbia: Presidente corta salário para evitar críticas

Lusa | tms
28 de dezembro de 2019

O chefe de Estado da Zâmbia, Edgar Lungu, anunciou um corte no seu salário e no dos seus ministros, numa tentativa de aliviar as críticas da população devido ao aumento nas tarifas da eletricidade e dos combustíveis.

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Edgar Lungu, Presidente da Zâmbia Foto: picture-alliance/P.Wojazer

As tarifas de eletricidade para particulares vão subir 115% a partir de 01 de janeiro, anunciou a agência de regulação de eletricidade do país.

Os aumentos já foram sentidos nos combustíveis, com a gasolina e o gasóleo a aumentarem 10% e 11% respetivamente, o que motivou críticas e reações da população indignada com este facto.

Devido a tensão criada por estes aumentos, a Presidência da Zâmbia anunciou esta sexta-feira (27.12) um corte de 15 a 20% nos salários do chefe de Estado e dos ministros, com o objetivo de "atenuar o impacto nos cidadãos do aumento dos preços dos combustíveis e da eletricidade". "Por mais que o aumento dessas taxas fosse inevitável, era necessário mitigar seu impacto", refere a Presidência.

O principal opositor na Zâmbia, Hakainde Hichilema, classificou a redução do salário do presidente como "insignificante" e disse no seu perfil no Twitter, este sábado (28.12) disse que "ajuste salarial"  "é pouco em comparação com os gastos corruptos" do Governo.

Já na sexta-feira, Hakainde Hichilema disse que o aumento nas tarifas de eletricidade é o resultado do "fracasso de Zesco", a companhia nacional de eletricidade atormentada pela "corrupção". 

Na quinta-feira, a agência reguladora de energia deu luz verde à Zesco para aumentar as suas tarifas, devidos aos "graves problemas financeiros" que o grupo público está a enfrentar.

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