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Vilarejo dos antepassados de Obama ansiosos com a eleição

Fernandes, Carla Marisa6 de novembro de 2012

Enquanto presidente dos Estados Unidos, Barack Obama não visitou a aldeia do pai no Quênia. Uma atitude que não agradou a muitos. Mas ainda assim, torcem pela reeleição do primeiro presidente negro dos Estados Unidos.

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Na aldeia de Sarah, a "avó de Barack Obama", no oeste do Quênia, uma escola e uma estrada receberam o nome do presidente norte-americano. A intenção é mostrar afeição pelo "neto" da conterrânea, independentemente do resultado da eleição presidencial americana desta terça-feira (6.11).

Vilarejo é atração turística

A pequena localidade nas proximidades do Lago Vitória, no oeste do Quênia, poderia ser chamada também de cidade de Obama. A família paterna do atual presidente dos Estados Unidos é natural dessa região.

Se dependesse dos habitantes dessa aldeia, a corrida entre Mitt Romney e Barack Obama já estaria decidida.

Antes de Obama ser presidente, o vilarejo de Kogelo era desconhecido no Quênia. Mas após a eleição de Obama em 2008, a localidade se tornou destino de peregrinação. Inclusive turistas, principalmente dos Estados Unidos, alteram a rota das férias para conhecer o berço da família do atual presidente do país.

No recém construído "Kogelo Village Resort", as paredes da sala de pequenos-almoços não negam a simpatia da população por Obama. Quadros com imagens do presidente dos Estados Unidos em molduras douradas enfeitam as paredes. O empregado de mesa Maliki Ogweno deve limpar-lhes o pó a cada dois dias. Uma tarefa que diz fazer com gosto.

"Aqui muita coisa melhorou. Agora, os turistas vêm para Kogelo. Há uma estrada que foi até mesmo pavimentada."

A vó Obama

Com a eleição de Obama para a presidência há quatro anos, a localidade de Kogelo recebeu investimentos do governo queniano. Uma moradora ilustre é a "vó Obama". Sarah, de 91 anos, é, na verdade, a mulher do avô do presidente.

Também o meio-irmão do presidente está frequentemente na região. Entre Washington e negócios em Kogelo, também Malik Obama torce por Barack Obama. A tensão é quase tão grande como na última eleição, comenta ele.

"Era pouco provável que um homem com essas raízes pudesse se tornar presidente. Agora, já nos habituamos e o êxito é precisamente esse. Sua Presidência mudou as ideias sobre quem pode conseguir o quê", acredita o meio-irmão.

Todos tiram vantagem

O cabeleireiro de nome Barack fica ao lado do supermercado Obama. Quem anda na rua e grita "Barack" ou "Michelle", tem logo dezenas de crianças à sua volta. Também Josephine Odipo batizou seus filhos assim. Se agora não der certo com a eleição, o seu filho poderá, talvez, ter uma oportunidade no futuro, diz ela. "Para o futuro, espero que mais alguém da nossa aldeia se torne o presidente da América", comenta Josephine Odipo.

Autoras­: Antje Diekhans / Carla Fernandes
Edição: Bettina Riffel / António Rocha