Universidades portuguesas investem nos PALOP
Numa altura em que o setor de ensino português está à procura de respostas à crise no país, é cada vez mais importante procurar alternativas para profissionais da educação. Mas, muito antes da crise, já a Universidade Nova de Lisboa tinha abraçado desafios noutros países, entre os quais os africanos lusófonos. Ainda este mês, será lançada em Moçambique a Escola Nova School Business & Economics - Maputo, vocacionada para a formação de executivos para empresas.
Depois de ultrapassada a burocracia para a obtenção de vistos na Embaixada de Moçambique, uma equipa portuguesa da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa partiu, no fim de semana passado (16.02.13), para Maputo.
Objetivos do projeto
Cátia Batista, diretora executiva do NOVAFRICA, responsável pelo projeto moçambicano conta que vão "oferecer o mesmo programa que oferecemos aqui em Lisboa para executivos. Um dos programas é o curso geral de gestão. Cinco semanas são lecionadas em Maputo, em Luanda, em São Paulo e em Lisboa. Na última semana juntamos todas estas pessoas em Lisboa, porque um dos objetivos é juntar estas pessoas que falam português aqui na Nova."
Outro objetivo é diminuir as lacunas na formação de quadros nacionais sentidas pelas empresas em Moçambique. Este projeto, em fase inicial, é desenvolvido no seguimento do investimento já feito em Angola, Brasil e também em Moçambique com o Centro de Conhecimento NOVAFRICA.
Apresentação pública
Cátia Batista deu a conhecer que no dia 20 de fevereiro haverá "apresentação pública deste trabalho que temos vindo a fazer nestes paises africanos que falam português e da experiência que temos em termos de formação de quadros empresarias."
Segundo esta docente universitária, que preconizou vários projetos de investigação aplicada desenvolvidos naquele país do Índico, estas ideias têm sido impulsionadas por José Ferreira Machado, diretor da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (Nova School of Business & Economics).
Nova de olho em Moçambique
Além da apresentação em Maputo, a equipa da NOVA vai também inteirar-se das reais necessidades dos parceiros moçambicanos.
O investimento, que tem o apoio financeiro de alguns parceiros internacionais, enquadra-se na estratégia de expansão e internacionalização da escola. Esta conta com uma boa percentagem de estudantes e professores estrangeiros, dez por cento dos quais são alemães. Para já, a aposta de longo prazo da Faculdade de Economia da Nova está centrada em Moçambique, podendo ser alargada no futuro a outros países lusófonos.
Autor: João Carlos (Lisboa)
Edição: Carla Fernandes / Helena Ferro de Gouveia