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Uganda regista segunda explosão de bomba em dois dias

AFP
26 de outubro de 2021

Explosão desta segunda-feira ocorreu num autocarro, e polícia ainda investiga quem seria responsável pelo artefacto. Outros dois ataques nestes mês foram reivindicados pelo braço do "Estado Islâmico" na África Central.

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Uganda I Explosion in Kampala
Foto: Hajarah Nalwadda/XinHua/picture alliance

Ao menos uma pessoa morreu e várias ficaram feridas numa explosão esta segunda-feira (25.10) num autocarro em Lungala, a 35 quilómetros de Campala. Como o Presidente Yoweri Museveni havia sugerido, a polícia confirmou que a explosão foi causada por uma bomba.

O porta-voz da polícia do Uganda, Fred Enanga, disse que se investiga se a pessoa morta era ou não a que transportava a bomba. "Os relatórios preliminares dizem que a explosão matou apenas essa pessoa e feriu aquela que estava sentado atrás", disse Enanga. 

Via Twitter, Museveni diz que há pistas claras para que se continue a caçada aos responsáveis pela explosão desta desta segunda-feira.

No sábado (23.10), uma outra explosão na capital matou uma pessoa e feriu outras três. A polícia classificou o episódio como um "ato de terror doméstico". Mais tarde, o grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI) reivindicou o ataque num popular restaurante de beira de estrada.

Bomba artesanal

A polícia disse ser um dispositivo explosivo contendo pregos e pedaços de metal, coberto por um saco de plástico. A bomba foi deixada debaixo de uma mesa e teria sido montada com equipamento pouco sofisticado.

Inicialmente, os serviços de segurança consideraram remota a ligação de redes estrangeiras ao ataque de sábado. No entanto, numa mensagem enviada através dos seus canais de comunicação, o braço do EI na África Central afirmou ter levado a cabo o ataque.

"Um destacamento de segurança dos soldados do Califado conseguiu detonar um engenho explosivo dentro de uma taberna na qual se reuniram elementos e espiões para o exército do cruzado Ugandês", lê-se em parte da declaração citada pelo site Intelligence Group, que monitoriza as comunicações militantes.

Uganda I Explosion in Kampala
Equipas buscam pistas no local da explosão de sábadoFoto: Abubaker Lubowa/REUTERS

"Incidente menor"

A 8 de outubro, IS reivindicou o seu primeiro ataque no Uganda, alegando que investiu contra um posto policial em Campala e que teria causado feridos. As autoridades confirmaram posteriormente o episódio, preferindo classificá-lo como um "incidente menor", sem fornecer mais pormenores.

Nos dias seguintes, Reino Unido e França atualizaram as suas advertências de viagem, dizendo que terroristas tinham "alta probabilidade de tentar realizar ataques no Uganda" e exortando à vigilância em áreas com muita gente.

Em 2010, os ataques em Kampala visando adeptos que assistiam à Final do Mundial de Futebol deixaram 76 mortos. O grupo Al-Shabaab da Somália reivindicou a responsabilidade pelos atentados. O episódio foi visto como uma vingança pelo envio de tropas do Uganda para o país no âmbito da missão da União Africana.

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