Teodoro Obiang abre cimeira com empresários lusófonos
4 de maio de 2021O Presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo dá início oficialmente esta quarta-feira (05.05) à cimeira de três dias com 250 empresários de Portugal, Moçambique, Angola e Cabo Verde em Malabo, na Guiné Equatorial.
É a primeira cimeira de negócios promovida pela Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP). A anunciada participação do Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, não deverá concretizar-se.
São Tomé e Príncipe estará representado ao mais alto nível com a presença do Presidente da República, Evaristo Carvalho, que com o anfitrião, Teodoro Obiang, serão os únicos chefes de Estado a participar presencialmente na cimeira.
Angola, enviou uma delegação liderada pelo ministro da Indústria e do Comércio, Victor Fernandes, enquanto a representação de Portugal deverá ser assegurada pelo representante em Malabo, Frederico Silva.
"Consolidar integração"
O encontro de empresários tem como objetivos "consolidar a integração" da Guiné Equatorial na CPLP, de que é membro desde 2014, e "demonstrar o potencial, enquanto país de recursos e oportunidades, colocando-o na rota do investimento estrangeiro", segundo a organização.
Gás, turismo, agricultura, pescas, valorização de ativos, banca, formação são alguns dos setores das empresas portuguesas que participam na cimeira de negócios, a maioria das quais visita o país pela primeira vez à procura de oportunidades de investimento.
Devido à pandemia de covid-19, a Guiné Equatorial tem em vigor um conjunto de medidas restritivas, incluindo o uso obrigatório de máscara, a limitação a um voo internacional por semana, a apresentação de testes PCR negativos ou prova de vacinação para entrada no país, bem como a proibição de circulação entre regiões ou a limitação da participação em atividades de culto ou casamentos.
A Guiné Equatorial é o terceiro país produtor de petróleo da África subsaariana, a seguir à Nigéria e a Angola, e possui importantes reservas de gás natural, numa economia fortemente dependente do setor dos hidrocarbonetos, que em 2016 representava cerca de 60% do Produto Interno Bruto (PIB). A economia do país está em terreno negativo há vários anos, devendo retomar o crescimento em 2021.