Tabela Salarial Única: Presidente moçambicano apela à calma
20 de julho de 2022"Não fiquem em pânico porque ninguém ficará sem salário", disse Filipe Nyusi durante um encontro com membros da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder e do qual é presidente.
O Governo moçambicano admitiu na terça-feira (19.07) a existência de inconformidades na aplicação da nova Tabela Salarial Única para o aparelho de Estado, mas garante que tudo está a ser feito para resolver as questões.
A nova tabela dos funcionários públicos moçambicanos entrou em vigor neste mês, após ser aprovada por consenso pelas três bancadas da Assembleia da República (AR) a 08 de dezembro de 2021.
"Não é um exercício fácil"
O chefe de Estado lembrou que a "equação que dita os salários tem muitas variáveis" e que "têm de ser harmonizadas", de forma que se evitem "desequilíbrios" no processo de aplicação da Tabela Salarial Única.
"Isto não é um exercício fácil, mas nós vamos sempre vigiar para que possa acontecer e reduzir o sofrimento dos moçambicanos", referiu Filipe Nyusi, reiterando que se trata de um processo inacabado e que "vai ser aperfeiçoado".
"O importante é a intenção e impacto que vai ter nas nossas vidas", destacou o chefe de Estado moçambicano.
Na terça-feira, o ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, disse que apesar de constrangimentos observados no seu primeiro mês de implementação, o Governo vai continuar a usar o procedimento para o pagamento dos salários, tendo como prioridade os funcionários do Estado que recebiam o salário mínimo, que passou agora de 4.656 meticais (71 euros) para 8.756 (134 euros).
"Uma vez que a lei está em vigor, vamos prosseguir com o pagamento de salários relativos ao mês de julho", frisou Max Tonela, acrescentando que, no caso dos funcionários que não foram abrangidos pela nova tabela devido a inconformidades, os pagamentos serão feitos, logo que possível, com efeitos retroativos.