São Tomé: CNE precisa de 1,7 milhões para presidenciais
6 de março de 2021A Comissão Eleitoral Nacional de São Tomé e Príncipe disse, este sábado (06.03), precisar de dois milhões de dólares, cerca de 1,7 milhões de euros, para organizar as presidenciais de julho, prevendo um aumento de pelo menos 5% no número de eleitores, em relação ao último escrutínio.
Em declarações à imprensa, o presidente da Comissão disse que este orçamento foi apresentado ao governo, que "já desbloqueou uma parte da verba" para "arrancar os trabalhos" esperando que o executivo mobilize mais financiamento junto de "parceiros tradicionais", como Portugal.
"Há países que são nossos parceiros tradicionais nesse tipo de apoio, como por exemplo Portugal, que desde os primórdios sempre nos apoiou, as Nações Unidas e o Japão", disse Fernando Maquengo.
Com o financiamento desbloqueado pelo governo, a Comissão Eleitoral Nacional (CEN) inicia este domingo (07.03) os trabalhos de atualização dos cadernos eleitorais no país e de recenseamento eleitoral de raiz em onze países africanos e europeus, designadamente, Angola, Guiné Equatorial, Gabão, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, Reino Unido, França, Bélgica, Holanda e Luxemburgo, onde existem comunidades de são-tomenses.
A atualização dos cadernos eleitorais de São Tomé e Príncipe na diáspora só começará no dia 21.
"Para estes países, poderemos ter algumas dificuldades resultantes da situação mundial da pandemia da covid-19, mas a Comissão Eleitoral Nacional está a envidar todos os esforços para, cumprindo com a lei, estender o direito de se inscrever aos cidadãos residentes naqueles países", referiu o presidente da CNE.
Fernando Maquengo apelou a todos os cidadãos, forças vivas, organizações não governamentais, partidos políticos e missões religiosas "a se engajarem nesse processo de inscrição nos cadernos eleitorais a nível de São Tomé e Príncipe".
O processo de recenseamento eleitoral para as eleições presidenciais de julho durará dois meses, terminando a 7 de maio.