Somália: Atentado em Mogadíscio faz 27 mortos
29 de outubro de 2017Na sequência da explosão de dois carros armadilhados e subsequente ataque, reivindicado pelo grupo extremista al-Shabab, contra um hotel do centro da capital da Somália, pelo menos 27 pessoas, segundo o mais recente balanço das autoridades. 30 pessoas ficaram feridas.
As forças de segurança acabaram já na manhã deste domingo com a ocupação do hotel por cinco extremistas, que invadiram o edifício depois da explosão de um carro junto ao portão de entrada na tarde de sábado, escreve a agência Associated Press.
Após as explosões, testemunhas descreveram uma troca de tiros e a área à volta do Nasa Hablod Hotel 2 foi evacuada pelas forças de segurança. O capitão da polícia, Mohamed Hussein, disse à agência Associated Press que as forças de segurança estavam a combater os extremistas que se encontravam no topo do hotel, que fica nas imediações do Palácio Presidencial e é frequentado por políticos e outros membros da elite de Mogadíscio. Os atacantes terão lançado granadas e cortado a eletricidade do edifício ao início da noite.
Segundo o capitão Mohamed Hussein, três atacantes foram mortos e dois foram capturados.
Despedimentos nas forças de segurança
O atentado deste sábado teve lugar duas semanas depois de mais de 350 pessoas terem morrido naquele que foi considerado o pior ataque na Somália.
Entretanto, o Governo da Somália despediu os chefes da polícia e dos serviços secretos na sequência do novo ataque em Mogadíscio.
De acordo com um comunicado emitido este domingo (29.10) pelo gabinete do primeiro-ministro, o chefe da polícia Abdullahi Mohamed Ali e o general Abdihakim Said foram despedidos depois de a sua continuidade ter sido votada pelo Governo.
Em busca de apoio no combate ao extremismo
Desde o ataque de 14 de outubro, o Presidente Mohamed Abdullahi Mohamed visitou vários países da região a fim de obter mais apoio para lutar contra os extremistas islâmicos.
A força multinacional da União Africana de 22 mil soldados, que se encontra na Somália, deverá sair do país e deixar a segurança nas mãos dos militares somalis até 2020. Oficiais norte-americanos já manifestaram preocupação, dizendo que as forças somalis não estão preparadas. Os Estados Unidos reforçaram a luta contra os extremistas no país, tendo desencadeado, só este ano, 20 ataques com drones.