1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Rússia acusa Ucrânia de usar armas ocidentais em Kursk

Reuters | AFP
17 de agosto de 2024

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia afirmou que a Ucrânia utilizou mísseis ocidentais para destruir uma ponte sobre o rio Seym na região de Kursk, matando voluntários que tentavam evacuar civis.

https://p.dw.com/p/4ja5C
Kursk, Rússia
Foto: Evgeniy Maloletka/AP Photo/picture alliance

“Pela primeira vez, a região de Kursk foi atingida por lança-foguetes de fabrico ocidental, provavelmente HIMARS americanos”, afirmou Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo no Telegram.

“Como resultado do ataque à ponte sobre o rio Seym, no distrito de Glushkovo, esta foi completamente destruída e os voluntários que estavam a ajudar civis foram mortos”.

Não há indicação de quantos voluntários foram mortos no ataque à ponta na sexta-feira (16.08).

Os mísseis americanos HIMARS fornecidos à Ucrânia têm um alcance de cerca de 80 km.

Este sábado (17.08), o Ministério da Defesa russo acusou a Ucrânia de planear atacar a central nuclear de Kursk e de atribuir a Moscovo a culpa dessa “provocação”, segundo a agência noticiosa Interfax.

O ministério sublinhou que a Rússia responderia duramente no caso de um ataque deste tipo, que, segundo diz, contaminaria uma grande área circundante.

Ataque ucraniano contra ponte na região de Kursk
Ataque ucraniano contra ponte na região de Kursk Foto: Ukraine's Air Force Commander Mykola Oleshchuk via REUTERS

Ucrânia reforça posições

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou hoje que as suas tropas reforçaram as posições na região de Kursk, quase duas semanas após a sua incursão.

A Ucrânia afirma ter-se apoderado de mais de 80 localidades em mais de 1.150 quilómetros quadrados em Kursk desde 6 de agosto, na maior invasão da Rússia desde a Segunda Guerra Mundial.

Segungo Zelensky, o chefe do exército, Oleksander Syrskyi, informou que as tropas ucranianas continuaram a avançar e também fizeram prisioneiros mais militares russos.

Já o Ministério da Defesa da Rússia, citado pela agência noticiosa Interfax, afirmou hoje que as forças russas repeliram vários ataques ucranianos na região de Kursk, mas não referiu a recaptura de qualquer território.

As forças ucranianas tentaram, sem sucesso, avançar em direção às aldeias de Kauchuk e Alekseyevskiy, que se situam sensivelmente a meio caminho entre a fronteira ucraniana e a central nuclear de Kursk.

O que está por trás da incursão militar ucraniana na Rússia?