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Rei Mohamed VI deverá escolher um islâmico moderado para governar Marrocos

28 de novembro de 2011

Abdelilah Benkirane, líder da formação vencedora das eleições legislativas de 25 de Novembro, o PJD, será com toda a probabilidade indicado como o futuro primeiro ministro marroquino de um governo de coligação.

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Abdelilah Benkiran, lider do partido islâmico PJD, fala os jornalistas após serem conhecidos os resultados eleitorais
Abdelilah Benkiran, lider do partido islâmico PJD, fala os jornalistas após serem conhecidos os resultados eleitoraisFoto: picture-alliance/dpa

O rei de Marrocos Mohamed VI, deverá receber terça-feira (29.11) em Rabat, o líder do partido islâmico Justiça e Desenvolvimento (PJD), grande vencedor das legislativas de sexta-feira última (25.11), para o mandatar a formar governo. Os islâmicos moderados venceram com uma larga vantagem as legislativas, conquistando 107 assentos, dos 395 do Parlamento marroquino, mais do que duplicando a sua representação parlamentar que era de 47 deputados.

A nova Constituição, proposta pelo rei e adoptada em referendo em julho, prevê, que o soberano designe o chefe do governo no seio do partido vencedor das eleições legislativas. Numa primeira reação aos resultados eleitorais Abdelilah Benkirane fez profissão de fé na monarquia, “o rei é o chefe de Estado e nenhuma decisão política pode ser tomada em Conselho de Ministros sem a vontade do rei”, salientou no entanto que os marroquinos decidiram que querem continuar com a monarquia, porém desejam que as coisas mudem. E nós somos o partido da mudança”.

Primeiros passos para um executivo de coligação

Antes mesmo de serem anunciados os primeiros resultados oficiais do sufrágio já o chefe do grupo parlamentar do PJD, Lahcen Daoudi, falava numa “enorme vitória” e numa “mudança histórica”. “Tivemos triunfos esmagadores em Casablanca [a capital económica do país], Rabat, e Tânger. Até mesmo em Marraquexe, onde estávamos quase ausentes, obtivemos uma enorme vitória”, acrescentou.

De acordo com a AFP Benkirane irá iniciar contatos com os partidos tendo em vista a formação de uma coligação governamental. “Trata-se de uma clara vitória, mas precisamos de alianças para trabalhar em conjunto”, afirmou Abdelilah Benkirane. Três partidos marroquinos, o partido independente Istiqlal (que conquistou 60 lugares), o liberal Aliança Nacional de Independentes (52 lugares) e a União Socialista das Forças Populares (39 lugares), mostraram-se abertos a negociações com o partido vencedor.

A participação eleitoral situou-se nos 45,4 por cento contra 37 por cento em 2007.

Autor: HFG /AFP/Lusa
Edição: António Rocha