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RDC: Mais de 600 violações dos direitos humanos em um mês

Lusa
7 de maio de 2020

Violações dos direitos humanos na República Democrática do Congo (RDC) incluem mais de 200 execuções cometidas por agentes estatais e grupos armados. Dados são referentes ao mês de março, segundo as Nações Unidas.

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Soldados congoleses em Beni, leste do país (foto simbólica)Foto: picture-alliance/AP Images/Al-Hadji Kudra Maliro

De acordo com o relatório divulgado esta quarta-feira (06.05), o Gabinete Conjunto das Nações Unidas para os Direitos Humanos "documentou 681 violações dos direitos humanos em toda a RDC, um aumento de 6% em relação a fevereiro (642 violações)".

"Os agentes do Estado são responsáveis por 289 violações, ou 42%", enquanto grupos armados totalizam "392 violações dos direitos humanos, quase 58%", diz o documento, citado pela agência France-Presse.

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De acordo com a mesma fonte, o relatório cita também casos de execuções extrajudiciais durante o mesmo período. "Os grupos armados foram responsáveis pela execução sumária de pelo menos 227 pessoas, incluindo 37 mulheres e 15 crianças", enquanto agentes do Estado cometeram 28 execuções extrajudiciais.

Agentes condenados

O relatório acrescenta que pelo menos 41 soldados do Exército congolês e seis polícias foram condenados por violações dos direitos humanos, enquanto "nenhum membro de grupos armados foi condenado".

"Defendemos que os autores destas violações sejam responsabilizados pelos tribunais competentes", vincou o ministro congolês dos Direitos Humanos, André Lite, numa entrevista à AFP. O ministro elogiou a colaboração entre o gabinete da ONU e o Governo do país.

Os ataques aos direitos humanos terão sido registados principalmente em províncias afetadas por conflitos, como Ituri, onde membros de grupos armados estão ativos desde o final de 2017.

Uma investigação das Nações Unidas refere que mais de 700 civis foram mortos na região, podendo ser considerado como "um crime contra a humanidade".

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